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Por Ricardo Bordin, publicado pelo Instituto Liberal

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Você discorda do emprego de cotas raciais para ingresso em instituições de ensino ou para ocupar cargos na máquina estatal? Acha errado atribuir ao racismo o fato de que muitos negros morrem em confrontos com a polícia? Considera injusto culpar os brancos da presente geração da humanidade pelo sistema escravocrata de séculos atrás, especialmente levando em conta que inúmeros povos de pele clara também foram escravizados no decorrer da História?

Se respondeu SIM para tais questões, você será tratado por jornalistas, estudiosos e demais agentes da patrulha politicamente correta como RACISTA.

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Você discorda do emprego de cotas para mulheres nas campanhas eleitorais? Acha que o alardeado déficit salarial de gênero, em verdade, não existe? Considera que muitas mulheres no Brasil estão morrendo não por uma questão sexista, mas sim porque a violência urbana desenfreada em nosso país atinge a todos sem distinção?

Se respondeu SIM para tais questões, você será tratado por jornalistas, estudiosos e demais agentes da patrulha politicamente correta como MACHISTA e MISÓGINO.

Você discorda da política de fronteiras abertas adotada em boa parte da Europa? Considera que a imigração em massa, sem o devido controle, pode levar à corrosão dos valores que moldaram o comportamento dos povos daquele continente? Acha que seria correto exigir que os migrantes adaptem-se à cultura local em vez de viver em guetos onde impera sua própria lei? Você julga que o código de conduta do Islã apresenta alguns preceitos que são incompatíveis com nossas legislação e visão de mundo?

Se respondeu SIM para tais questões, você será tratado por jornalistas, estudiosos e demais agentes da patrulha politicamente correta como XENÓFOBO e ISLAMOFÓBICO.

Você julga errado criminalizar a opinião de quem, como pastores evangélicos, acha a homossexualidade uma prática que deve ser respeitada, mas não incentivada? Considera sem sentido criar cotas para gays e transexuais em instituições de ensino estatais e em concursos públicos? Pensa que é ultrajante submeter crianças a terapias de “redesignação de sexo” desde a mais tenra idade?

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Se respondeu SIM para tais questões, você será tratado por jornalistas, estudiosos e demais agentes da patrulha politicamente correta como HOMOFÓBICO e TRANSFÓBICO.

Você acha que o direito à legítima defesa é inalienável? Que o Estado não pode impedir alguém de comprar e portar armas visando a proteger suas integridade física e vida? Que um mau homem armado só pode ser parado por um bom homem (ou mulher) armado?

Se respondeu SIM para tais questões, você será tratado por jornalistas, estudiosos e demais agentes da patrulha politicamente correta como ARMAMENTISTA, alguém que quer “resolver tudo na bala” e sair por aí distribuindo revólveres no semáforo por R$1,99.

Pronto: eis aí a estratégia que visa linkar quaisquer opiniões que divirjam da esquerda globalista e progressista com os palavrões mais horripilantes com que um ser humano possa vir a ser tachado.

Ser marcado na paleta com estes adjetivos é praticamente sentença de morte social e profissional. O resultado é o silêncio: ou você concorda ou é melhor calar a boca. Aliás, quem cala consente: convém você deixar claro que está do lado deles regularmente, pois quem não está lutando nas trincheiras da revolução de costumes é inimigo do “progresso”.

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Mas a coisa vai muito além. Esse ardil mostra-se especialmente maquiavélico quando ocorrem assassinatos em massa onde indivíduos VERDADEIRAMENTE racistas, misóginos, homofóbicos, xenófobas ou islamofóbicos fazem inúmeras vítimas pelos motivos mais torpes possíveis.

Neste momento, o cidadão comum, que passou anos ouvindo do especialista da GloboNews que conservadores e liberais são tudo aquilo que termina com “ista” ou “fóbico”, associa automaticamente as ações daquele facínora da Nova Zelândia ou dos criminosos de Suzano com…nós!

Tipo assim:

“Nossa, que coisa horrível esse massacre, e ainda por cima motivado por racismo e intolerância; quem são mesmo aqueles caras que defendem essas coisas, ainda ontem estavam falando na TV sobre eles… Ah, sim, DIREITA, né?”

Ou seja, porque aceitamos passivamente receber rótulos terríveis na testa apenas porque pensamos diferente daquilo que o estamento midiático nos manda pensar, resulta que, no inconsciente coletivo, o sangue daquelas crianças paulistas e habitantes da Oceania estaria em nossas mãos — e a imprensa nem precisa fazer força para acionar este mecanismo nas mentes de todos quando tais tragédias ocorrem.

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Deem uma olhada à sua volta: acentua-se o sentimento de que “careless talk costs lives”, e que talvez fosse bom criminalizar de uma vez por todas o “discurso de ódio” desses fanáticos de Direita que não querem um mundo melhor, como o pessoal do DCE ou o elenco da Malhação.

Sei lá, só achei que seria bom aproveitar para manifestar estes pensamentos enquanto isso ainda não vira exclusividade dos neomarxistas, essa galera tão legalzona…