Por Ricardo Bordin, publicado pelo Instituto Liberal
E agora, Petista?
o argumento acabou,
a propina minguou,
a povo se uniu,
a noite esfriou (em Curitiba),
e agora, petista?
e agora, petista?
você que é sem ética,
que zomba dos “reaças”,
você que faz versos (com incentivo da Lei Rouanet),
que contra o Cunha protesta?
E agora, petista?
Está sem escusas,
está sem discurso,
está sem carinho (bolsa BNDES),
já não pode beber (a adega do sítio foi confiscada),
já não pode fumar (na frente da polícia),
cuspir já não pode (Jean Willys que o diga),
a noite esfriou (na República paranaense),
o dia da prisão de Lula não veio (ainda),
o bonde não veio (tava superfaturada a obra),
o riso não veio (pra você),
não veio a utopia (marxista),
e tudo acabou,
e tudo fugiu,
e tudo mofou,
e agora, petista?
E agora, petista?
sua dolce vita,
seu instante de febre partidária,
sua gula (por poder) e jejum (de moral),
sua biblioteca (a presidentA “devoradora de livros”),
sua lavra de ouro (e pixuleco),
seu terno Armani,
sua incoerência,
seu ódio pela Zelite, – e agora?
Com a grana na cueca,
quer vazar do país,
não quer ir pra Cuba,
quer viver em Paris,
mas a mortadela secou,
quer ir para Minas,
Minas não há mais (Pimentel tomou conta)!
e agora, petista?
Se você gritasse (FORA CUNHA),
se você gemesse (com o crucifixo no reto),
se você tocasse,
a valsa vienense (daria de cara com Diogo Mainardi),
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse,
mas você não morre (ressuscita na Rede e no Psol)
você é duro, petista (de aturar)!
Sozinho na política
qual bicho-do-mato-sem-cachorro,
vivendo em agonia no neoliberalismo coxinha,
sem companheira nua
para se encostar (ai, ai, Rosemary)
sem jatinho da Odebrecht
que fuja do Sérgio Moro,
você vaza, petista,
petista, para onde?