
Quem levantasse a questão das urnas eletrônicas em 2014 já era automaticamente tachado de “paranoico”. Falar em possíveis fraudes era coisa da “direita radical”, não importando os casos suspeitos apontados na época, ou a pequena diferença que levou à vitória a esquerda radical ligada ao Foro de SP em vários outros países. Até os tucanos, normalmente pusilânimes, resolveram abordar o tema, mas logo deixaram a coisa morrer.
Pois bem: o ministro do STF, Gilmar Mendes, o mais corajoso e independente quando se trata de enfrentar o lulopetismo, parece ter suspeitas também, como mostra O Antagonista:
Presidente do TSE, Gilmar Mendes pediu à PF e PGR que investiguem falhas identificadas na computação de votos na eleição de 2014.
“Suspeitamos que alguns casos podem decorrer de erros administrativo. Mas, como há coincidência muito expressiva em algumas sessões eleitorais, a preocupação é que possa ter ocorrido algum tipo de distorção. Em alguns locais, é muito expressivo. As pessoas justificaram o voto e aparecem como votantes. É preciso esclarecer.”
O pedido de apuração envolve ao menos 40 mil votos que foram computados, embora os eleitores tenham justificado ausência. O TSE não divulgou quais políticos se beneficiaram dessa ‘distorção’.
Pois deveria! Queremos saber quem se beneficiou da “distorção”. Aposto duas mariolas mordidas que foi um “partido” ligado ao Foro de SP, que tem “trabalhadores” no nome (apenas no nome). Que tal essa informação se tornar pública? Afinal, não era pura paranoia suspeitar da segurança de nossas urnas eletrônicas?
O Brasil é tão mais avançado assim do que os Estados Unidos, do que o Peru? Vimos a demora na apuração total das urnas no Peru agora. Alguém acha mesmo que é incapacidade tecnológica? Ou não parece evidente se tratar de cuidado, de preocupação com a transparência do resultado?
Se você dorme tranquilo com Dias Toffoli numa sala com alguns assistentes fiscalizando os últimos 10% de votos que determinaram a virada da candidata petista em 2014, então “bom” para você: nunca vai precisar de um remédio para dormir, pois nada será capaz de lhe tirar o sono. Nem mesmo aquela suspeita corrida de um homem pelado saindo pela janela de sua casa no dia em que resolveu voltar mais cedo do trabalho…
Rodrigo Constantino
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