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Da série "eu sou você amanhã": argentinos só podem gastar US$ 50 por ano na internet

Deu no Estadão: Argentino agora só pode gastar US$ 50 por ano em compras na internet

O governo argentino ampliou, nesta quarta-feira, restrição para as compras no exterior pela internet para evitar a saída de dólares do país. A medida, publicada no Diário Oficial, limita a duas compras por ano, por pessoa, com um limite total de US$ 25 sem ter de pagar imposto alfandegário. O consumidor que gastar mais que o limite estabelecido será classificado como importador. E, como tal, deverá submeter-se a várias outras condições e barreiras para realizar suas compras online.

A nova norma complementa medida editada na terça-feira, que impôs ao consumidor a obrigatoriedade de apresentar uma declaração juramentada à Administração Federal de Rendas Públicas (Afip, pela sigla em espanhol), equivalente à Receita Federal, para realizar qualquer compra pela internet no exterior.

[…]

O chefe de Gabinete de Ministros, Jorge Capitanich, justificou que as restrições têm o objetivo de “defender o dinheiro dos argentinos e a indústria nacional”. […] Nesse cenário, o ministro voltou a criticar quem compra dólares no mercado paralelo e a imprensa por divulgar os valores das cotações do câmbio paralelo. “Insistem em transmitir informação sobre um mercado não transparente, onde predominam transações associadas ao narcotráfico e à lavagem de dinheiro”, acusou. 

Que inveja que dona Dilma deve estar sentindo da camarada Cristina Kirchner nesse momento! A Argentina é a prova viva de que nada está tão ruim (ao contrário do que pensa a empresária Luiza Trajano) que não possa piorar. É o famoso “eu sou você amanhã”.

As lambanças são muito parecidas, pois a mentalidade é a mesma: o nacional-desenvolvimentismo. Essa turma usa as mesmas desculpas esfarrapadas de sempre, como “proteger a indústria nacional”, para criar mais e mais empecilhos para os consumidores.

É muito triste acompanhar esse tango argentino cada vez mais sofrido. Como um povo que já foi educado, com ampla classe média, pode ter escolhido sua própria desgraça de forma tão evidente? Seguiremos o mesmo caminho?

Rodrigo Constantino

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