Por Ianker Zimmer, publicado pelo Instituto Liberal
Você sabia que um gaúcho foi precursor nas transmissões via ondas que levaram ao surgimento do rádio? Uma “peça” fundamental nesse invento foi o Padre Roberto Landell de Moura, que nasceu em 21 de janeiro na, hoje, capital gaúcha Porto Alegre. Apesar de sua importância, a história – ou os homens que a constroem – foi um pouco, ou talvez muito, injusta com nosso conterrâneo.
Antes de seguir para Roma com seu irmão, Guilherme e se matricular no Colégio Pio Americano e na Universidade Gregoriana para estudar teologia, física e química – e chegar ao sacerdócio em 1886 -, estudou com os jesuítas de São Leopoldo, no Vale do Sinos (Região metropolitana de Porto Alegre).
No Brasil, o padre seguiu como cientista autodidata e continuou com seus experimentos. Suas primeiras demonstrações públicas ocorreram na capital paulista, no final do século XIX.
Segundo Cláudia Zaltrão (2006), padre Landell de Moura “foi pioneiro na transmissão da voz, utilizando equipamentos de rádio de sua construção patenteados no Brasil em 1901 e, posteriormente, nos Estados Unidos em 1904. Landell transmitiu a voz humana por meio de dois veículos; o primeiro, um transmissor de ondas que utilizava um microfone eletromecânico de sua invenção que recolhia as ondas sonoras através de uma câmara de ressonância onde um diafragma metálico abria e fechava o circuito do primário de uma bobina de Ruhmkorff, e induzia no secundário dessa bobina uma alta tensão que era irradiada ou através de uma antena ou de duas esferas centelhadoras. A detecção era feita por dispositivos que foram sendo melhorados ao longo do tempo” (ZALTRÃO, 2006).
O inventor voltou à sua terra natal em 1905, depois de permanecer por três anos em solo americano, mas seguiu sendo ignorado no campo científico, inclusive foi boicotado pelo então presidente da República, Rodrigues Alves. Mal sabiam seus conterrâneos que o invento do padre tinha potencial para eclodir uma revolução na comunicação mundial. Foi tratado, no entanto, ao contrario de Marconi – que teve todo auxílio possível em seu país -, como um louco, lunático ou maluco – como queiram.
Moura não foi compreendido em sua pátria, o que impossibilitava obter recursos financeiros para mais progressos científicos. Faleceu na capital gaúcha em 30 de julho de 1928. Oficialmente, portanto, quem levou os créditos pelo invento radiofônico foi o italiano Guglielmo Marconi.
Em Porto Alegre, foi criada em 1967 a Fundação Padre Landell de Moura. Hoje, a OSCIP, localizada em Porto Alegre, promove cursos para formação profissional em rádio e televisão.
Um problema histórico: a falta de investimento em pesquisa e ciência é uma mácula antiga no Brasil. Contudo, os movimentos da esquerda brasileira atual, que sempre usaram, especialmente nos governos Lula e Dilma, as universidades do país para fins doutrinários-ideológicos, querem colar na paleta do atual presidente um rótulo negativo quanto ao tema pesquisa e ciência devido ao último inevitável contingenciamento autorizado pelo governo atual. Talvez – ou provavelmente – se o PT não houvesse promovido o maior assalto na história do país – vide mensalão e petrolão (e fora o método de gerir que mais parecia uma máquina de rasgar dinheiro – leia-se colocar dinheiro no bolso dos correligionários) -, hoje os cofres do país estariam equilibrados, o que, por conseguinte, acarretaria em potenciais investimentos em ciência e pesquisa.
Reflexão: quantos cientistas e pesquisadores de “garagem” que trabalham arduamente no Brasil atualmente que, se tivessem um empurrão, poderiam ajudar o país a avançar cientificamente? E nem me refiro somente a dinheiro, mas a menos burocracia – a maior chaga instalada no Brasil. Nem me refiro às universidades brasileiras, que tem papel essencial em pesquisa, pois são o padrão. Isso é o óbvio. De muitas delas, vertem conhecimento em saúde, inovação, tecnologia e outros.
Que o Brasil não trate os seus prodígios como vira-latas, assim como fizeram com o Padre Landell de Moura; e que o país nunca mais use o dinheiro que poderia ser destinado às pesquisas para financiar ditaduras socialistas e enriquecer empreiteiras com obras superfaturadas que – por conseguinte – forraram os bolsos de revolucionários mensaleiros e petroleiros.
Que se critique o presidente Bolsonaro naquilo que ele merecer; mas que se corrija uma aberração histórica quando o assunto é pesquisa no Brasil. O PT se beneficiou da máquina pública, inchou as universidades e usou isso como bandeira de revolução vermelha na educação. Isso, com uma mão. Com a outra, dava um gigante passo em seu projeto de perpetuação no poder.
A culpa da redução dos investimentos em pesquisa, como com bolsas em mestrado e doutorado, não é do atual presidente. Os pesquisadores brasileiros não são formigas e Bolsonaro não é um menino mau com uma lupa na mão no sol tentando queimá-las vivas. Essa é a narrativa que a esquerda quer fazer prevalecer. Tomem cuidado!!! O povo precisa estar atento e não cair em mais esse engodo.
Outro ponto: se você, caro leitor, acredita que os governos precisam investir mais em pesquisa, o primeiro passo para isso é nunca mais eleger partidos que assaltaram o país, pois, desse modo – com o capital indo para o ralo – o Brasil fica sem recursos para destinar ao campo científico.
Padre Landell de Moura foi injustiçado e muitos novos cientistas poderiam ter apoio atualmente se não houvesse a sangria de dezenas de bilhões de reais promovida pelo PT. Como citado no parágrafo acima, que nunca mais entreguemos as chaves do cofre a essa gente.
Viva Padre Landell de Moura, o inventor do rádio!!! E lembro que um grande especialista em Landell de Moura é o jornalista Hamilton Almeida. Leiam-no.
Responsabilizar Bolsonaro pela redução de verbas para pesquisas? É como culpar o agente funerário pela morte de um ente querido, sendo que na realidade ele apenas fechou a tampa do caixão de alguém que já estava sem vida.
O PT e seus partidos auxiliares (PSOL e PCdoB) assassinaram a ciência e a pesquisa no Brasil.
Mas Bolsonaro sabia que a missão não seria fácil. Portanto, te vira, presidente!
*Ianker Zimmer é jornalista.
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