Os democratas estão em “completo caos” depois que as brigas internas sobre a falta de diversidade na liderança levaram à demissão de seis membros seniores do Comitê de Campanha do Congresso dos Democratas.
Um funcionário disse que a agitação veio por causa de uma liderança fraca e promessas inconsistentes da presidente Cheri Bustos. “É o massacre da noite de segunda-feira no DCCC”, disse.
“Cheri fez campanha como todas as coisas para todas as pessoas”, continuou a fonte, “dizendo a Blue Dogs uma coisa, dizendo aos progressistas outra. Então, inevitavelmente, uma vez no cargo ela os desapontaria”.
Molly Ritner, diretora de política, tuitou que saía triste depois de mais de 4 anos de trabalho no DCCC. Ela cita que havia discordâncias, mas não entrou em detalhes e desejou sucesso aos que continuaram.
A fonte que falou ao The Hill acrescentou que eles estavam indignados com o fato de os democratas estarem atacando uns aos outros pela diversidade na liderança. “A ideia de que o staff dos democratas fique sentado numa sexta de noite por horas para falar dessa ‘porcaria’ me revolta”, desabafou. “Cala a boca sobre seus sentimentos e foca em vencer as eleições”, sugeriu. “Você sabe o que o staff republicano está fazendo na sexta de noite?”, perguntou de forma retórica. “Não sentando para falar sobre sentimentos e diversidade”, concluiu.
Era inevitável que a política de identidades e o radicalismo esquerdista produzissem efeitos dentro do próprio partido. Questão de tempo. A base mainstream vem perdendo espaço para os novatos extremistas, graças ao apoio da mídia também. O professor Mark Lilla, que se considera um progressista, acha que esse foco demasiado em política de identidades vai destruir os democratas.
A julgar pelo ocorrido e pelo nível assustador de pré-candidatos, cada um prometendo algo mais bizarro do que o outro, ele parece estar certo. E a lição conservadora deveria mais do que nunca ser lembrada aos democratas: os fatos não ligam para seus sentimentos.
Rodrigo Constantino
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