A união entre a esquerda e o islamismo antissemita é uma das coisas mais bizarras da política atual, e pode ser explicada apenas pelo denominador comum: demonizar o homem branco ocidental e a cultura da civilização judaico-cristã. No afã de detonar os pilares do Ocidente, vale tudo: até movimentos feministas ou LGBT se unirem a muçulmanos homofóbicos e machistas. A infiltração de muçulmanos antissemitas na Marcha das Mulheres mostra como o feminismo e o esquerdismo abriram as porteiras para os próprios inimigos.
E eis que agora o Partido Democrata, cada vez mais radical, tem representantes feministas, socialistas e muçulmanos. Ilhan Omar é uma delas, colega de partido de Alexandria Ocasio-Cortez, que apresentou recentemente seu plano para o Green New Deal, que poderia ter saído da pena do próprio Stalin. Omar é muçulmana, anda com ícones do Islã radical, e já fez várias declarações antissemitas. Israel é praticamente o Capeta na Terra e não tem direito sequer de existir.
Nos últimos dias, empolgada pelo silêncio obsequioso da mídia, a moça resolveu intensificar o tom de ataque, e até a imprensa e seus colegas democratas tiveram que reclamar, pois a coisa ficou escancarada demais. Nancy Pelosi, líder democrata, cobrou um pedido de desculpas aos judeus. Omar, de olho em seu futuro político, precisou “ceder”, mas nem tanto. Fez o “pedido de desculpas” mais cafajeste que existe, aquele que logo vem seguido de um “mas” que pretende justificar 100% sua postura.
É como o marido que bateu na mulher, e depois vai “pedir desculpas” pelo olho roxo que deixou como marca, dizendo: “Eu não deveria ter feito isso, MAS você também não tinha nada que ter usado aquela roupa…” Alguém leva a sério esse pedido de desculpas? Alguém acha que ele está realmente arrependido? Alguém imagina que ele não vá repetir seu ato covarde?
Pois foi justamente o que fez Omar. Ela “pediu desculpas” pelos comentários antissemitas, e logo emendou com justificativas de vitimização, alegando que é bom tudo isso para que as pessoas entendam o preconceito que ela sofre, que os muçulmanos sofrem. Ou seja, o que era para ser simplesmente um pedido de desculpas aos judeus virou mais um capítulo de mimimi de quem aplica o “ódio do bem”: eles podem destilar preconceito pois são supostamente alvos de preconceito.
Ben Shapiro ironizou: “Eu peço desculpas pelos meus comentários antissemitas. Agora eu posso dobrar meus comentários antissemitas, mas colocá-los com palavras levemente distintas”. Dave Rubin usou duas chamadas da CNN para mostrar como a emissora não passa de um canal de propaganda esquerdista. Numa delas, o filho de Trump é tratado como preconceituoso por ter feito comentários infelizes sobre índios e sobre a “herança” indígena de Elizabeth Warren; na outra, o destaque é para o tal pedido de desculpas de Omar, por comentários criticados como antissemitas. O duplo padrão é evidente.
O fato lamentável é que os democratas se tornaram extremistas, convidaram radicais para o partido, e contam com um relativo silêncio da mídia “progressista”, o que apenas joga mais lenha na fogueira. É um círculo vicioso, uma bola de neve que tem expelido os mais moderados e criado um clima de segregação geral. Mas preconceituosos são sempre os outros, os conservadores…
Rodrigo Constantino
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