Tem uma turma que implica com a Copa do Mundo, pois a considera escapismo e “pão e circo” para alienados. Não sou desses. Acho que o povo tem direito de se divertir, de curtir esse clima mágico, o que não exclui o interesse nos assuntos políticos. Assim como o problema não é o que comemos entre Natal e Réveillon, mas sim entre o Réveillon e o Natal, o importante é o que o País faz entre uma Copa e outra, não durante esse curto período de quatro em quatro anos.
A Copa da Rússia terminou, não deu pra gente, e que isso sirva de lição contra o ufanismo da “pátria em chuteiras”, que acredita que o futebol “arte” substitui a tática, o treino e o preparo físico. Não merecemos vencer, nem sequer chegar à final, e precisamos ser menos mascarados — em campo e fora dele. Mas meu assunto não é futebol, e política. O que faremos depois da Copa?
Eis o mais importante para nosso futuro, lembrando que estamos em ano eleitoral. É hora de cobrar dos candidatos propostas concretas, posições firmes, suas convicções. Se desejamos ser um País de primeiro mundo, então temos que ter a coragem de lidar com nossas questões mais graves. Entre elas, a explosão dos gastos públicos, que demanda reformas estruturais “impopulares”, como a da Previdência; a guerra civil velada, que mata mais de 60 mil pessoas por ano, e exige um combate bem mais duro ao crime; e a decadência de nossos valores morais, esgarçando o tecido social e destruindo nossas famílias.
O político que não demonstrar real compreensão dessa situação não merece respeito. Chega de populistas que oferecem sempre mais Estado como solução, sem se importar com o fardo produzido pelo excesso de Estado. Chega de medrosos que tratam bandidos como “vítimas da sociedade”. E chega de “progressistas” que querem bancar os moderninhos e endossam aberrações como a ideologia de gênero, doutrinando nossas crianças. Precisamos de uma guinada à direita urgentemente.
Quem despreza esses valores acaba afundando. Vide o próprio caso da França, campeã do mundo. Muitos celebraram a “diversidade” da seleção, com diversos jogadores de origem africana. Mas o “multiculturalismo” com as fronteiras escancaradas sem qualquer controle, somado ao estado de bem-estar social “bonzinho”, acabou levando ao caos. Vimos constrangidos a uma “festa dos bárbaros”, com centenas de carros destruídos, avenidas centrais em chamas e até mortos. A França, por excesso de esquerdismo, parece mesmo decadente.
Ninguém flerta com o socialismo impunemente. Os franceses estão sentindo na pele isso, algo que nós brasileiros sabemos bem. Por isso é hora de deixar a Copa para trás e focar no mais relevante: impedir a volta da esquerda ao poder.
Artigo originalmente publicado pela revista IstoÉ
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