![Depois do carnaval – artigo de hoje no GLOBO Depois do carnaval – artigo de hoje no GLOBO](https://media.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/2016/02/blog-195-9919448c.jpg)
Muita gente ficou espantada com o Brasil: mesmo em meio à maior recessão de nossa história, mergulhados no caos social e vendo a zika proliferar, os foliões tomaram as ruas para sambar como se não houvesse amanhã. A revista “The Economist” chegou a traçar um paralelo com alguém que festeja diante de um precipício.
Confesso ao leitor: também fico surpreso. Alguns tentaram justificar a farra com base no argumento de que é uma fuga necessária da dura realidade, uma forma à brasileira de protestar, zombar do trágico destino. A mim parecem racionalizações de um povo que gosta mesmo é de festa.
Um americano que viveu no país nos últimos quatro anos escreveu uma carta aberta que teve grande repercussão. Nela, ele culpa o brasileiro por nossos problemas, nossa cultura, nosso “jeitinho”, essa mania de não levar nada a sério. Claro que gerou revolta, pois poucos gostam de críticas, ainda mais de um gringo. Mas ele está errado?
Leandro Narloch chegou a escrever um texto inocentando o brasileiro e culpando nossas instituições. Sim, os incentivos importam, e nossas instituições são mesmo terríveis, concentram muito poder no Estado e na burocracia. Mas por acaso elas surgiram do além, num vácuo de valores, impostas por alienígenas? Nossas instituições “avançam” de acordo com a cultura predominante no povo. Ou seja, a cultura importa, e muito.
Leia mais aqui.
-
STF pode liberar aumento salarial automático para juízes, com impacto anual milionário
-
Veja os próximos passos no caso das joias contra Bolsonaro e outros 11 indiciados
-
Alexandre de Moraes e a quebra de sigilo no indiciamento de Bolsonaro;acompanhe o Sem Rodeios
-
Quem é Keir Starmer, socialista que encerrou 14 anos dos conservadores no poder do Reino Unido
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião