A cada dia descobrimos algo novo na mídia “progressista”. Já fui chamado de muitas coisas por minha mulher, mas nunca, que me lembre, de machista. Talvez num dia em que eu estava arrumando a louça, mas não me recordo bem. Minha filha sim, pode me acusar de “machista”, já que é “machista” todo pai normal de menina que se preocupa com suas atitudes e sua imagem.
Mas, enfim, descubro pela Vogue que devo ser mesmo um tremendo de um machista neandertal. O motivo? Não gosto da ideia de minha esposa se transformar numa “piriguete”, e isso basta. Duvida? Vejam a reportagem:
A internet é cheia de modas e memes, muitas vezes sem um utilidade real. Vez ou outra, no entanto, surge uma tendência com algum objetivo – lembram do ice bucket challenge? Neste sábado (15), começou a crescer na web a partir de grupos no Facebook um teste que tem sido usado por mulheres para descobrir comportamentos machistas às vezes escondidos de seus companheiros.
Para experimentar, basta mandar no Whatsapp para o namorado, marido, noivo e até pai a foto (acima) de um vestido cheio de recortes e revelar a intenção de comprar a peça, pedindo a opinião da outra pessoa. O resultado, que pode surpreender, tem sido postado nas redes para mostrar como uma simples peça de roupa revela ideias nocivas.
Entre as respostas obtidas, algumas chegam a assustar: “te mato”, “compra pra ver o que te acontece”, “vai ficar legal a surra que vou te dar”, “vai parecer um pedaço de carne”, “acho que preciso te largar”, “vou te dar um soco” e “pode mudar o status para solteira”. Por outro lado, há reações positivas. “Vai ficar lindo em você”, “você tem que usar o que gosta, quer e tem vontade”, “achei meio esquisito, mas pode usar, ué, é seu” são exemplos. O viral mostra como a moda pode revelar muito da sociedade.
O que pode revelar muito da sociedade, ao menos daquela encastelada em sua bolha “progressista”, é este tipo de reportagem. Então quer dizer que o marido que reclama desse tipo de roupa, claramente chamativa e vulgar e nada elegante, é um machista incurável?
Ricardo Bordin, colaborador do Instituto Liberal, comentou:
Perdemos o direito de achar ruim que a esposa saia seminua na rua. Mais uma do politicamente correto. Bonitinho são os que acharam bacana, conforme a ‘reportagem’. E outra: é óbvio que os maridos reagiram com um ‘te mato’ metaforicamente, mas, sabe como é, ‘palavras machucam’; como naquela pesquisa do Datafolha em que muita gente concordou com a expressão ‘mulher com roupa curta está pedindo para ser estuprada’, tal qual uma pessoa que atravessa à noite o morro do Alemão está ‘pedindo para ser assaltada’. Total forçada de barra para gerar conflito entre homem e mulher – e, claro, dar mais um passo na direção do estágio em que todos – menos os conservadores ‘reaças’ – andaremos nus na rua.
No ponto! E atenção, “liberais” e “libertários” que bancam os idiotas úteis da esquerda: ninguém aqui defende o estado para controlar as roupas dos indivíduos. A moça é livre para se vestir como quiser, e eu sou livre para julgar como quiser suas roupas! Estou aqui no meu blog emitindo a minha opinião no exercício da minha liberdade, e só mesmo um alienado condenaria isso em nome do liberalismo.
Você pode agir como bem entender, mas não pode querer controlar o que os outros pensam de você depois. Roupa é uma carta de apresentação, uma espécie de afirmação de sua tribo. Se você quer se vestir como uma prostituta, você é livre para tanto, mas depois não reclame se os “machistas” demonstrarem pouco respeito por você e só pensarem em fazer sexo contigo, mais nada.
Essa elite que comanda a imprensa, que podemos chamar de esquerda caviar, de GNT People ou de “beautiful people”, não vai relaxar enquanto toda mulher não virar uma “piriguete”, já que a “bela, recatada e do lar” representa um ícone de uma era ultrapassada, machista, terrível. E o homem moderno vai ter que achar lindo sua esposa sair como uma prostituta de casa, caso contrário ele não passa de um monstro. E mais: de preferência ele deverá acompanhá-la usando uma… saia. Sim, vejam mais essa, no GLOBO:
Fonte: GLOBO
Bruno Cezario suspende as sobrancelhas enquanto se olha num espelho de corpo inteiro. Bota as mãos nos dois bolsos, dá um giro sutil para a direita, outro para a esquerda. Olha para o stylist Rogério S. e balança a cabeça fazendo sinal de “o.k.”, aprovado. Pedro Flutt estica uma perna no ar e emenda o movimento numa pirueta. Lucas Freire zanza de um lado para o outro com as mãos na cintura e um cigarro apagado na boca. Vinicius Couto e Artur Figueiredo cochicham sentados em cima de uma mesa, com as pernas cruzadas. Outras cinco pessoas figuram na cena, composta por homens e mulheres. No total de dez, oito delas vestem saias. Inclusive (e não por acaso), os rapazes. A exceção é o casal de fotógrafos Juliana Rocha e Bruno Machado, que se deita no chão enquanto clica o ensaio que ilustra esta reportagem.
“Os sete homens de saia” poderia ser nome de filme, livro, novela. Mas é apenas o jeito como ficou batizado o encontro desta turma, que está aí para bancar a tendência, que extrapola as quatro paredes do estúdio fotográfico e é o suprassumo da moda masculina na estação do sol.
— Sempre peguei roupas emprestadas nos armários da minha mãe e da minha irmã mais nova. Já me apropriei de várias peças. Uso vestido florido tipo blusão e saia de qualquer cor. Para viver, para ver gente por aí — simplifica Lucas, de 26 anos, que se apresenta como “um jovem artista e modelo espontaneamente”.
Não me leve a mal, rapaz, mas você precisa “sair do armário” e assumir logo que é gay! Isso aí não é coisa de homem. Os comentários no Facebook eram hilários, politicamente incorretos, e “intolerantes”, claro, pois só é tolerante hoje quem segue a cartilha totalitária da esquerda. As saias invadiram a redação do jornal, isso não há dúvidas. Mas alguém vê homem de saia o tempo todo no metrô, no ônibus, nas fábricas?
Pois é. Esses “jornalistas” habitam uma bolha, e confundem o seu mundinho fechado com a realidade. Perderam o elo com o povo de carne e osso, e tomam sua amostragem enviesada como padrão da humanidade. E tentam, claro, impor essa visão de mundo aos demais. Não vão descansar enquanto todos não forem exatamente como eles. Um mundo de clones de Jean Wyllys, eis o ideal dessa turma.
Eis o mundo que eles desejam: mulheres devem achar o máximo se vestir como “piriguetes” para não bancarem as recatadas submissas; os homens devem usar saias para se mostrar moderninhos e achar lindo a esposa ser confundida com uma puta nas ruas; já os meninos devem se maquiar desde os oito anos, usar roupa rosa e brincar de boneca; enquanto as meninas devem deixar o pelo no sovaco crescer, e imitar as mães, vestindo-se de pequenas vagabundinhas desde cedo e rebolando até o chão ao som de funk chulo.
E ai de quem achar isso tudo doentio, ou sequer estranho e equivocado! Será logo rotulado de reacionário preconceituoso e jogado no colo da tal “extrema-direita” fascista. É o mundo invertido desses pervertidos. E, nesse mundo, eu descubro, com muito orgulho, que não passo de um incurável “machista intolerante”!
PS: Se o leitor quer entender melhor a origem desse fenômeno, suas causas, por que ele é tão perigoso para nossas liberdades e como revertê-lo, então recomendo meu curso online “Civilização em Declínio“, em que explico melhor essa subversão toda de valores morais em nome da liberdade e do “liberalismo”.
Rodrigo Constantino