Por João Cesar de Melo, publicado pelo Instituto Liberal
No último domingo, constatou-se que as maiores manifestações da história do Brasil ocorreram contra o PT, partido que lidera a esquerda brasileira.
Primeiro, exigindo o afastamento de Dilma. Agora, para impedir que o laranja de um ex-presidente condenado e preso por corrupção chegue ao poder.
Milhões de pessoas saíram de casa voluntaria e gratuitamente para deixar bem claro que estão fartas de PT e de tudo o que ele representa.
E como os petistas estão reagindo?
Engrossando o tom dos insultos e das ameaças. Afinal, por que a esquerda é assim? Porque ela fala para seus militantes, não para a sociedade.
Vamos lá…
Gostemos ou não de Bolsonaro, o fato é que ele se tornou popular por abraçar duas pautas das quais a grande maioria dos políticos se esquiva: segurança pública e combate a corrupção. Violência urbana não é uma abstração filosófica. Ela é um fato, um tormento na vida da grande maioria dos brasileiros. Números da violência significam pessoas reais sendo roubadas, agredidas e assassinadas. Famílias devastadas. No mínimo, pessoas amedrontadas.
A corrupção sempre foi um dos principais problemas do país na opinião da maioria da população. Por isso, a Operação Lava Jato sempre teve tanto apoio.
Bolsonaro ainda defende a privatização de estatais e a diminuição da burocracia e dos impostos. Três pautas liberais que são cada vez mais compreendidas pela população.
Soma-se a isso a herança maldita do PT: um gigantesco esquema de corrupção, a maior recessão de nossa história, uma dívida pública absurda, recordes de violência urbana, índices de saúde e de educação vergonhosos e uma crise institucional sem precedentes.
Diante disso, qual a postura da esquerda liderada pelo PT?
Insistir na vitimização de criminosos, nos ataques à Lava Jato, na defesa do mesmo tipo de programa econômico que causou a recessão e em chamar de fascistas todas as pessoas – dezenas de milhões – que não querem mais votar no PT.
A esquerda faz isso porque é isso que seus militantes querem ouvir. É isso que excita os comunistinhas que vivem nos bairros descolados das cidades. É assim que eles sentem-se úteis, revolucionários. O cidadão comum não aguenta mais viver com medo de bandido, mas o PSOL segue sua campanha em defesa dos direitos dos bandidos.
O cidadão comum está cada dia mais enojado com a corrupção, mas lá está o PT tratando como herói o ex-presidente condenado e preso por corrupção. O cidadão comum quer mais liberdade para trabalhar e cuidar dos filhos, mas a esquerda continua dizendo que o governo deve regular cada vez mais as relações de trabalho e a educação dos filhos.
Jair Bolsonaro tem, hoje, cerca de 60% dos votos, contra 40% de Haddad. Isso significa ele tem 50% mais votos do que o petista. Do eleitorado feminino, o candidato da direita tem 50%, e o da esquerda tem 35%. Basta dar uma rápida checada na internet para ver a quantidade de gays e de negros que apoiam Bolsonaro.
Contudo, o que o PT faz? Grita o dia inteiro que Bolsonaro e seus eleitores compõem uma massa de gente machista, racista e homofóbica.
Enquanto a população está cada dia mais alinhada com Bolsonaro justamente por causa das pautas que ele defende, a esquerda faz questão de ser vista como aquele grupo de pessoas rancorosas, raivosas, cínicas, mentirosas e arrogantes.
Em vez de reconhecer seus erros, a esquerda insiste em se colocar como vítima de conspirações que só fazem sentido na cabeça de seus militantes.
Em vez de entender o que a população quer e tentar satisfazê-la, a esquerda insiste em tentar subverter as angústias das pessoas.
A insanidade petista chegou ao ponto de pedir a impugnação da candidatura de Bolsonaro por causa de uma reportagem mequetrefe de um jornal; e como se fosse pouco, o PSOL foi à justiça pedir a suspensão do WhatsApp, um serviço utilizado por mais de 120 milhões de brasileiros.
Será mesmo muito difícil imaginar como um cidadão comum se sente ao ler notícias como essas?
A esquerda prega tolerância, mas vive patrulhando, insultando, ameaçando e perseguindo críticos e opositores. A esquerda defende a paz ao mesmo tempo em que promove protestos violentos. A esquerda quer ser vista como defensora da liberdade e da democracia enquanto defende ditaduras noutros países e por aqui não passa uma semana sem pedir o controle ou a proibição de alguma coisa. O fato é que Jair Bolsonaro não precisa espalhar “fakenews” sobre Haddad, Lula ou Dilma. A realidade petista basta. A história da esquerda depõe contra ela.
Quarenta dias atrás, Bolsonaro sofreu uma tentativa de assassinato cometida por um militante de esquerda; e a esquerda reagiu dizendo que ele mereceu. Alguém acha mesmo que um cidadão comum, que vive com medo de ser assaltado, agredido ou morto por algum delinquente, bateu palmas ao escutar isso?
Enquanto a esquerda continua em seu fantástico mundo revolucionário, as pessoas comuns estão com seus smartphones, checando notícias, assistindo a vídeos, lendo publicações e tomando conhecimento das opiniões umas das outras. Será mesmo que a esquerda acha que o povão não assiste aos vídeos das bizarras manifestações de seus militantes nas universidades e nas ruas, não sabe o que destruiu a Venezuela, não percebe a campanha contra sua religião?
A grande maioria da população já entende que a esquerda acusa Bolsonaro de querer implantar uma ditadura no Brasil porque é exatamente isso que o PT pretende; e que os petistas estão dizendo que Bolsonaro está fraudando as eleições porque eles é que estão tentando fazer isso desde o começo.
Essas informações estão nas mãos da grande maioria dos cidadãos. O tempo em que éramos dependentes do Jornal Nacional acabou. Bolsonaro será eleito com voto de homens e mulheres, de brancos e pretos, de héteros e gays, de ricos e pobres, de liberais e conservadores; e o PT continuará falando apenas para seus militantes, que se tornam cada vez menos numerosos e mais raivosos.
Nota do blog: Como que para ilustrar com perfeição o texto, Mano Brown detonou esse afastamento entre PT e povo em discurso em pleno comício petista, na frente de um constrangido Boulos e do Haddad. Foi seu momento Cid Gomes. Vejam:
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