No último artigo, vimos como o Brasil é um país de palpiteiros, de milhões que se julgam economistas sem ter a menor base para tanto. O resultado está aí: colocaram no poder uma “economista” que consegue entender ainda menos sobre o assunto, e que de forma arrogante resolveu criar a “nova matriz macroeconômica”. Dilma acredita no voluntarismo político como solução para os problemas econômicos.
Reduziu a taxa de juros na marra, decretou queda nas tarifas de energia, usou o estado para intervir em tudo que é setor, utilizou o BNDES para selecionar os “campeões nacionais” e os demais bancos públicos para disponibilizar crédito barato para todos. Resultado: a maior depressão de nossa história!
O economista Ricardo Bergamini compilou os dados do PNAD Contínua, e o quadro que se apresenta é lamentável, para dizer o mínimo. Estatísticas ilustram o “big picture”, mas não podemos esquecer que são indivíduos de carne e osso por trás delas, famílias inteiras sofrendo com o desemprego e a queda dos rendimentos. Eis a desgraça que se abateu sobre nosso país por responsabilidade do PT:
A taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em março de 2016 foi estimada em 10,9%, 1,9 ponto percentual acima da taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2015 (9,0%) e 3,0 pontos percentuais a mais que no mesmo trimestre de 2015 (7,9%). A população desocupada (11,1 milhões de pessoas), 22,2% a mais (2,0 milhões de pessoas) que o contingente observado entre outubro e dezembro de 2015. No confronto com igual trimestre do ano passado, esta estimativa subiu 39,8%, significando um aumento de 3,2 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho. Já a população ocupada (90,6 milhões de pessoas) apresentou redução de 1,7%, quando comparada com o trimestre de outubro a dezembro de 2015. Em comparação com igual trimestre do ano passado foi registrada queda de 1,5%, representando menos 1,4 milhão de pessoas. O número de empregados com carteira assinada (34,6 milhões) apresentou queda em ambos os períodos de comparação. Frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, a diminuição foi de -2,2%. Na comparação com igual trimestre do ano passado, a redução foi de 4,0%, aproximadamente menos 1,4 milhão de pessoas nessa condição. O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.966) ficou estável frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 (R$ 1.961) e mostrou queda de 3,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.031). A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos (R$ 173,5 bilhões) ficou estável em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 e teve queda de 4,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
A combinação do elevado e crescente desemprego com a queda constante do poder de compra do salário é explosiva, cruel. A miséria no Brasil petista está aumentando a cada dia, de forma assustadora. Como o PT ainda insiste no discurso de “conquistas sociais” é um mistério, uma prova de que não há qualquer respeito pelos fatos nem pela dor dos milhões de trabalhadores desempregados e empobrecidos.
O PT destruiu nossa economia, a vida de muita gente humilde. E ainda faz o “diabo” para se manter no poder, para prejudicar o eventual governo de transição, para impedir reformas necessárias, para gerar mais instabilidade política e institucional. Esse é o verdadeiro golpe em curso no Brasil hoje.
Rodrigo Constantino