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O caso do palestrante que foi impedido de discursar na universidade em Berkeley por uma horda de vândalos foi sintomático de como nossa imprensa tem feito de tudo para inverter os fatos. Já falei bastante sobre o assunto, mas não foi o suficiente. Afinal, não paro de ver na imprensa novas distorções, manipulações realmente bizarras, que precisam ser expostas em nome da verdade.

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Fosse ele um esquerdista, todas as reportagens seriam completamente diferentes, focando na liberdade de expressão e no fascismo dos opositores. E vejam: poderia ser até mesmo um “ex”-terrorista ou alguém que faz clara apologia ao terrorismo, desde que fosse de esquerda, como tantos que fazem palestras pelas universidades americanas (procure saber quem é Bill Eyers, por exemplo).

Mas sendo alguém contra a esquerda, a coisa muda totalmente de figura. Pode ser um gay até, como Milo Yiannopoulos é, pode ser um libertário, como ele também é. Não importa. O sujeito é pró-Trump? Então coloca lá “ultraconservador de extrema-direita” e dá um jeito de transformar a vítima em vilão, e os fascistas mascarados em “estudantes pela liberdade”, que estavam apenas combatendo o “discurso de ódio” e o “preconceito”. Como? Jogando bombas e impedindo a liberdade de expressão.

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De todos os casos patéticos, o mais absurdo foi essa reportagem no GLOBO de hoje. Vejam a chamada, em grande destaque, jogando o foco para… Trump! O “quebra-pau” à moda Trump quer dizer o quê, exatamente? A vítima do quebra-pau era um defensor de Trump, for Christ sake! Ou seja, quem estava tocando o quebra-pau era contra Trump! Que parte disso a imprensa ainda não entendeu?

Notem, ainda, a frase que o jornal decidiu dar destaque, em tom de ameaça aos defensores de Trump, como se eles tivessem mesmo que se calar, ou aguentar as consequências: bombas e intimidação fascista, em nome da liberdade! O que esses tolos precisam ainda para perceber que é se calar ou apanhar? E o jornal agindo como cúmplice disso?! É vergonhoso mesmo…

Rodrigo Constantino