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A desonestidade intelectual dos oportunistas a favor do desarmamento civil

É um espanto! A turma desarmamentista não cansa de apelar para a desonestidade intelectual na hora de impor sua agenda, inclusive de forma insensível para com os familiares das vítimas de assassinatos. Basta um caso em evidência para que esse pessoal saia em campo acusando pelo crime a arma de fogo e o direito legal de um cidadão comprá-la para sua legítima defesa. Foi o que fez Daniel Cerqueira, pesquisador do Ipea (vejam só!), com o caso do assassinato em Goiás do candidato a prefeito:

Um homem de bem com uma arma de fogo na mão

Gilberto Ferreira do Amaral até ontem era um homem de bem, ex-servidor público por 17 anos, dirigente e apoiador do Itumbiara Esporte Clube, campeão estadual goiano em 2008. Gilberto estava revoltado e se sentido injustiçado por questões trabalhistas. Gilberto tinha uma arma de fogo na mão e perdeu a cabeça. Gilberto disparou 13 vezes contra o ex-prefeito de Itumbiara e candidato à reeleição; contra o vice-governador de Goiás e secretário de segurança pública; contra policiais; e contra várias pessoas da comitiva do ex-prefeito.

Agora Gilberto está morto, assim como as suas vítimas, José Gomes da Rocha (o ex-prefeito) e o cabo da Polícia Militar Vanilson João Pereira. O vice-governador e secretário de segurança foi atingido, operado e, por sorte, sobreviveu. O forte esquema de segurança da comitiva com vários policiais armados não conseguiu evitar a tragédia. Os 11 segundos para o início da reação da polícia foram longos demais.

Meus pêsames às famílias de José e de Vanilson, mais duas vítimas do descontrole das armas de fogo no Brasil.

Agora a bancada da bala que permitir que cada brasileiro possa ter até seis armas de fogo e possa andar armado nas ruas. Você realmente se sentiria seguro se soubesse que todos ao seu redor estão armados nas ruas, nos bares, nos mercados…?

O sensacionalismo e o oportunismo saltam aos olhos. O cadáver mal esfriou e o sujeito já está usando sua morte para sua agenda político-ideológica. Mas quer dizer então que foi a permissão de se comprar uma arma que levou ao crime? A responsável é a arma, a lei que não proíbe sua venda? Então, vejamos o que Bene Barbosa, do Movimento Viva Brasil, respondeu na postagem de Cerqueira, e que já conta com mais de mil curtidas (quatro vezes mais do que a própria postagem do autor):

A desonestidade intelectual como método! A arma era ilegal, o carro tinha placas frias, o crime foi premeditado e nenhuma lei restritiva o impediria! Por outro lado, o que fez cessar o ataque? Outras pessoas armadas.

Vários leitores compreenderam a realidade: somente pessoas armadas, de bem, podem impedir ataques de pessoas armadas, muitas vezes ilegalmente, com más intenções. É o óbvio ululante! É o motivo pelo qual todos os desarmamentistas ricos, como Obama, Hillary Clinton, o clã dos Marinho e companhia usam seguranças armados para se proteger. Mas nem todos podem bancar um exército particular, não é mesmo?

E pensar que esses são nossos pesquisadores, nossos servidores públicos, nossos membros da suposta elite pensante deste país. É complicado manter a chama da esperança acesa…

Rodrigo Constantino

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