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Dilma acena com mudança de equipe econômica: mas ela é a cabeça da hidra!
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Em agenda em Belo Horizonte nesta quarta-feira, a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) acenou pela primeira vez com alterações na sua equipe de governo caso reeleita. Ao participar da 8ª Olimpíada do Conhecimento, em Belo Horizonte, ela disse ter o “compromisso” de promover uma “atualização das políticas” e “necessariamente atualização das equipes”. A uma plateia formada por empresários, a presidente reconheceu o baixo desempenho da economia e os efeitos do pífio crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na política industrial, mas pediu que os programas de seu governo não fossem minimizados por causa do período eleitoral. Durante a campanha, a petista tem evitado se pronunciar sobre o assunto, deixando de responder a perguntas sobre possíveis equívocos de gestão no primeiro mandato e sobre a permanência de ministros nos seus atuais cargos.

“Nós devemos fazer esse balanço não para ficarmos satisfeitos com o que já fizemos, mas para continuarmos a fazer. Eu estive na CNI [Confederação Nacional da Indústria] há um tempo atrás e naquela circunstância eu declarei que eu considerava tão importante a política industrial e a política de desenvolvimento em geral que eu faria um Conselho de Desenvolvimento ligado diretamente à Presidência da República. Eu reitero hoje, novamente aqui, esse meu compromisso. Obviamente, novo governo, novas e, necessariamente, atualização das políticas e das equipes”, disse.

Trata-se do mea culpa mais chinfrim que já vi na vida! Logo depois dessa fala, Dilma voltou a elogiar seu governo e defender suas medidas: “Eu não quero, aqui, dar a impressão que eu acho que tudo foi feito. Eu não acredito nisso, acho, inclusive, que vivemos uma situação bastante complexa na indústria. Agora, eu só me pergunto e pergunto a vocês o que seria se nós não tivéssemos tomado as medidas que tomamos na área industrial?”

Ora, seria tudo melhor! Afinal, no epicentro dos problemas está o excesso de intervencionismo estatal na economia, as benesses paliativas e pontuais, as mudanças na regra do jogo, o crédito público sem lastro, o câmbio com flutuação suja, etc. A “autocrítica” de Dilma é dizer que nem tudo foi feito, mas que aquilo feito foi necessário. Ou seja, ela não reconhece sua enorme parcela de culpa na situação calamitosa da economia!

No mais, acenar com mudança de equipe é absolutamente insuficiente. Vai tirar quem? Guido Mantega? Mas se todos já sabem que o homem não apita nada! Quem determina os rumos das políticas econômicas tem nome e sobrenome: Dilma Rousseff. Mantega, Luciano Coutinho, Alexandre Tombini, Arno Augustin e companhia são subservientes ao Planalto. Dilma é a chefona. Ela é a cabeça da hidra nacional-desenvolvimentista.

Mudança na equipe econômica? Só se trocar Dilma! É hora de mexer na equipe econômica sim, não resta dúvida. Na verdade, passou e muito dessa hora. E para tanto será necessário remover o “cérebro” por trás desse intervencionismo arrogante e fatal. Será preciso mudar de presidente!

Rodrigo Constantino

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