A Disneylândia Paris se retratou e pediu desculpas depois de impedir que um menino de 3 anos, muito fã da personagem Elsa de “Frozen”, participasse do evento “Princesa por um dia”. A mãe do pequeno, Hayley McLean-Glass, escreveu uma carta aberta na terça-feira à administração do parque ao ver o filho Noah vetado da atração por não ser menina.
A britânica queria contratar o serviço como um presente para o filho, com quem esteve no parque duas vezes no últimos dez meses de tanto que a família ficou encantada com a magia do local. Com as visitas, a criança ficou ainda mais fã de Elsa e passou a amar se vestir como a personagem. Com o veto da Disney, Hayley questionou a decisão.
“Nós todos gastamos uma pequena fortuna em artigos da Disney para Noah. Ele usa o vestido da Elsa todos os dias, o dia todo, até se recusa a tirar para dormir. Ele sabe a letra de todas as músicas de Frozen. Se existe um superfã de Frozen, é o Noah”, frisou a mãe.
A comoção do caso fez a famosa empresa se desculpar em resposta ao diário “The Guardian”. O menino, que “pulava de animação” com o plano, saiu frustrado da história. Mas o parque negou que tenha barreira de gênero na atração.
“Esta experiência está disponível para todas as crianças, entre 3 e 12 anos, e nós já contatamos a família para pedir desculpas por termos passado a informação incorreta”, destacou um porta-voz do parque.
No site da empresa, no entanto, como mostrou o “Guardian”, a experiência é descrita como uma oportunidade de “realizar o desejo das menininhas com uma maquiagem e um penteado de princesa”.
Onde já se viu?! Então a Disney achou que o Dia da Princesa era apenas para… meninas? Então a Disney é reacionária, preconceituosa e machista a ponto de achar que maquiagem e princesas é coisa de mulher?
O mundo está louco, doente! Vivemos na era do hedonismo e da ausência de limites: tudo aquilo que a criança deseja deve ser lei inscrita em pedra, mandamento divino, imperativo categórico. E ai de quem não aceitar realizar tais desejos!
Impor limites aos rebentos é o maior crime da atualidade. Se o garotinho quiser usar vestidos da irmã ou de princesas, claro que os pais têm que incentivar tal comportamento, e as empresas devem fazer de tudo para atender as fantasias do garotinho. Dizer “não” é uma ideia simplesmente inaceitável, uma ditadura cruel e opressora que só um Hitler defenderia.
A “identidade de gênero” está vencendo mesmo. A biologia é coisa do passado. Tudo é “construção social”. Não há motivo algum para meninos gostarem mais de brincadeiras violentas, de armas e carrinhos, e meninas de casinha e boneca. Isso é um estereótipo ridículo e preconceituoso de uma sociedade machista e patriarcal. Abaixo a testosterona, essa invenção capitalista!
A gente tenta ironizar para não enlouquecer junto com o resto do mundo. 2 + 2 ainda é igual a 4? Como o personagem de 1984 de George Orwell, eu vou sempre riscar essa soma na mesa, escrevê-la no papel, gravá-la no computador, que é para lembrar que a verdade objetiva ainda existe, independentemente do que disser a maioria, o governo, o poder estabelecido.
Meninos são meninos, e meninas, meninas. E não, não é “normal” um garoto de 3 anos só querer se vestir de princesa, os pais acharem a coisa mais fofa do mundo, e a Disney ser obrigada pela patrulha politicamente correta a incluir no “Dia das Princesas” os “príncipes” que morrem de inveja do sapatinho alto e do vestido longo da princesinha…
PS: Se o garoto, quando tiver uns 5 ou 6 anos, desejar cortar o pintinho fora, os pais vão imediatamente levá-lo para um hospital? E se o médico se recusar, será condenado por isso, até que aceite mutilar o garotinho?
Rodrigo Constantino
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