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Ditadura cubana não gosta de gays: alguém avisa ao PSOL como é o socialismo na prática
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Os ativistas da comunidade LGBT de Cuba deveriam se reunir em Havana neste sábado para uma marcha anual contra a homofobia e a transfobia — um desfile destinado a promover a tolerância e celebrar um grupo que já foi bastante marginalizado em Cuba. Mas o governo cancelou abruptamente o evento.

O Centro Nacional de Educação Sexual de Cuba afirmou em um post no Facebook nesta semana que o Conga Cubano anual contra a Homofobia e a Transfobia não poderia seguir como planejado devido a “novas tensões no contexto internacional e regional”, e disse que o evento seria cancelado “em conformidade com a política do Partido, do Estado e da Revolução”.

A homofobia tem sido uma constante no regime cubano há décadas. O relato pessoal de Reinaldo Arenas no livro Antes que anoiteça é chocante e dá uma boa ideia do grau de perseguição aos homossexuais na ilha-presídio caribenha.

Arenas afirma no livro, que virou filme com Javier Bardem, que “a mulher e o homossexual são considerados no sistema castrista como seres inferiores”. Ele acrescenta: “Os verdadeiros machos podiam ter várias mulheres, e isso era visto como um ato de virilidade”.

De fato, aqueles comunistas barbudos em uniformes militares sempre bancaram os machões e despertaram fetiches sexuais em esquerdistas do mundo todo. Sempre fardado, Che Guevara detestava “maricones”. Eis o que pensava sobre gays: que deveriam ser curados por meio do trabalho forçado. Não aceitava o “tratamento de choque”, era fuzilado no paredão, sem qualquer julgamento, pois isso é coisa de burguês.

Se tem uma coisa que não se mistura é comunismo e liberdade individual. Não só os gays, claro, mas todos foram perseguidos como dissidentes do regime: roqueiros, católicos, conservadores, quem ousasse desafiar o pensamento único imposto pela ditadura.

O próprio Grupo Gay da Bahia chegou a admitir a perseguição cubana aos homossexuais, exigindo uma retratação do ditador Fidel Castro antes de sua morte. É irônico, portanto, ver a esquerda “progressista” moderna, calcada na política de identidades e na marcha das “minorias oprimidas”, tendo de lidar com esse legado socialista.

Alguns têm a coragem de reconhecer o fato e se distanciar do passado comunista, mas outros ainda idolatram figuras como Fidel Castro e Che Guevara, ícones desses preconceitos todos, enquanto demonizam Israel, a nação mais democrática e próspera do Oriente Médio que tem uma das maiores paradas gay do mundo em Tel Aviv, enquanto gays são jogados de telhados em países dominados pelo Islã.

Mas a esquerda é “fofa”, então tudo bem. Não tem problema cair em tanta contradição, ser tão incoerente. Ela condena os “preconceitos”, mas não dos seus gurus. Marx era outro racista preconceituoso, mas deixa isso para lá. É a direita “fascista” que odeia negros, gays, mulheres etc. Se é homofóbico, então claro que só pode ser um eleitor do Bolsonaro, jamais alguém com uma camiseta do Che Guevara!

Alguém precisa avisar a Jean Wyllys, Marcelo Freixo e a turma do PSOL como é o socialismo na prática…

Rodrigo Constantino

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