Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal
Depois do final do programa Rádio Livre, do Diego Casagrande, fui interpelado por um senhor que disse que eu estava confundindo as pessoas quando eu disse que discriminar é algo essencial, uma necessidade existencial. Ele me disse que não se pode discriminar ninguém.
Eu disse que discriminar é o que nos mantém vivos, por exemplo, discriminar o alimento, do veneno; o frio, do calor; o bandido, do honesto; o negro, do branco ou do asiático. Disse que a realidade através das características auto-evidentes já nos indica as qualidades de cada entidade, sendo portanto óbvio o critério de discriminação. Disse mais, que o importante era o que fazíamos com essa discriminação.
Obviamente, estava dizendo que discriminar por discriminar não implica necessariamente em desmerecer arbitrariamente o objeto de discriminação, ofendendo qualquer noção de justiça. Práticas como racismo, homofobia, xenofobia e coisas do gênero é que são condenáveis, ainda mais quando institucionalizadas através de ações afirmativas do governo.
Eu disse para esse senhor que se as pessoas estavam confusas com o que eu acabara de dizer, deveriam estudar mais os conceitos. Ele não gostou. Acho que quem estava confuso era ele e se sentiu ofendido por mim e retrucou, dizendo que quem deveria estudar era eu.
Pois bem, preocupado com a possibilidade de estar errado, fui ao dicionário como ele me recomendou e li isso que está na imagem abaixo.
Agradeço a ele a recomendação, fui estudar mais e vi que estava certo. Discriminar nada mais é do que distinguir, discernir. O que faz alguém pensar que discriminar não é isso, confundindo tal termo com racismo, homofobia, xenofobia ou coisa do gênero é o maldito “politicamente correto”.
Se há uma coisa que eu não aceito é a perversão da linguagem. Quando não podemos mais usar os conceitos com seus verdadeiros significados porque as pessoas os pervertem, seja por ignorância ou má intenção, estamos nos submetendo à ditadura do politicamente correto, o caminho mais rápido para o fim da civilização.
Nota do blog: O novo livro de Thomas Sowell, que resenhei aqui, fala bastante disso e resgata o sentido do termo discriminar, totalmente deturpado pela esquerda. Discriminar é o que todos fazemos o tempo todo, ao fazer escolhas num mundo de limitações e escassez.
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