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Não se fala em outra coisa. Também, pudera: a perda do nosso “grau de investimento” pela principal agência de risco tem mesmo efeitos nefastos para o país, como já expliquei aqui. Alguns petistas ainda arriscam uma indiferença, alegando que “não comem grau de investimento” ou algo do tipo. Mas vejam o que o próprio ex-presidente Lula pensa sobre a nota de risco da S&P:

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Como fica claro, o líder máximo do PT encara o selo de qualidade da agência americana como sinal de país sério com finanças sérias. Logo, a perda deste selo significa que não somos mais um país sério (já fomos mesmo algum dia?), e não temos mais as finanças em ordem.

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Era a cereja podre que faltava no bolo fecal fermentado pelo PT. A pá de cal para enterrar de vez qualquer esperança de colocar a casa em ordem só porque Joaquim Levy aceitou fazer parte do circo de horrores. Será que aqueles grandes empresários e banqueiros que ainda sustentavam Dilma no poder vão continuar dando apoio?

Pouco provável. Quando o navio afunda, os ratos pulam. Mesmo gente que estava empolgada com a gestão Dilma há alguns anos agora posa de oposição ferrenha. Vejam o caso de Mendonça de Barros. O homem era só otimismo com o Brasil, e chegava até a elogiar o PT no governo. Agora diz que não tem mais jeito, que Dilma tem que renunciar: “é o capítulo final”.

Sim, mas que ele leu todas as páginas do livro sem entender nada, isso é detalhe. Quem vai insistir em Dilma e Levy agora? O ministro da Fazenda, não custa lembrar, quer aumento de imposto! Isso mesmo: ele quer que o povo brasileiro pague pela corrupção petista, pela incompetência petista, ainda mais do que já está pagando! Dá para aplaudir isso?

O dólar, como esperado, disparou e chegou a R$ 3,90. O governo torrou uma fortuna nos últimos dias para segurar a taxa de câmbio em patamar mais baixo. De que adiantou? Dinheiro jogado no lixo, como costuma acontecer com o PT. Nosso dinheiro, que fique claro. A coisa vai feder ainda mais.

Carlos Langoni chamou o rebaixamento de “tragédia anunciada”, mas não ignora os efeitos negativos que a decisão, ainda que esperada por muitos, causa. “Para sair da recessão, o país teria de contar com a retomada dos investimentos, principalmente em infraestrutura, e grande partes desses recursos viria do exterior”, afirmou. Pois é: quem vai investir no Brasil agora?

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Mendonça de Barros acha, agora, que Dilma deveria renunciar. Ele e toda a torcida do Flamengo e do Corinthians. A questão é: há chance? Teria a presidente algum resquício de dignidade e humildade? Claro que não. O que mostra como Mendonça de Barros, uma vez mais, não consegue fazer uma leitura razoável da política (e, por tabela, da economia) brasileira.

Dilma não vai renunciar. Ela seria capaz de levar o Brasil para o fundo do poço (ainda não estamos lá, o que é assustador), agarrada ao poder. Basta conhecer um pouco do modus operandi dessa turma para saber que a solução precisa ser outra. Esperar que a boa ação venha deles mesmos, do próprio PT, o causador dessa desgraça toda que insiste em jogar a responsabilidade para ombros alheios, é de uma ingenuidade ímpar.

Não há luz no fim do túnel enquanto o PT estiver no poder. Na verdade, a luz que alguns acham ter visto pode ser muito bem um trem vindo em alta velocidade em nossa direção, para nos amassar de vez. Ou o Brasil se livra do PT, ou o PT acaba de vez com o Brasil. Entenderam?

Rodrigo Constantino