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Por Thiago Kistenmacher, publicado pelo Instituto Liberal

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Não é de hoje que o candidato a presidente dos EUA é acusado de assediar sexualmente alguma mulher. O interessante aqui é a data da divulgação das acusações. Por algum tipo de “mágica”, elas estão surgindo agora, exatamente durante as eleições.

A atriz pornô Jessica Drake diz que Donald Trump teria lhe assediado em 2006. Summer Zervos já tinha dito que Trump teria sido abusivo em 2007. Além disso, Jessica Leeds alegou que o candidato republicano teria abusado dela em 1980. E já são onze denúncias. A primeira citada levou dez anos para denunciar, a segunda, nove, já a terceira, trinta e seis anos. Estranho.

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Trump tem causado reações de amor e ódio nesses últimos meses. A figura é polêmica e causa furor mesmo entre conservadores e liberais. Podemos ver conservadores falando do empresário como louvor e liberais o criticando. E assim como temos conservadores também o criticando, temos liberais saindo em sua defesa perante Hillary Clinton, como o caso de Rodrigo Constantino respondendo o texto de JP Coutinho sobre Trump.

Não estou aqui defendendo nem criticando Trump como político, este não é o foco. Só gostaria de chamar atenção para esses fatos que, a meu ver, são bastante asquerosos. Não me refiro aos assédios que, caso existiram, também o são, porém, quero focar aqui na provável tática de difamação que antecede as urnas. O republicano, segundo Jessica Drake, teria oferecido o uso de seu avião particular se ela aceitasse o convite para visitá-lo e mais R$10.000,00. E qual o problema de oferecer dinheiro e avião?  Assédio é uma coisa, tentar comprar a farra é outra. Não vim aqui fazer papel de advogado do Diabo, mas fica difícil acreditar nessas mulheres.

Por isso, duas considerações sobre as acusações de assédio sexual.

Primeira: se os assédios foram cometidos eles poderão perder completamente a credibilidade passando por tentativas mentirosas de difamar Trump. Dessa forma, as mulheres assediadas sairiam duplamente no prejuízo. Seriam assediadas e ainda por cima vistas como mentirosas.

Segunda: Talvez consigam atingir a imagem do candidato, mas enquanto Donald Trump for acusado durante as eleições, eu, se fosse um eleitor norte-americano, não daria a menor credibilidade a tais acusações. Ignoraria-as peremptoriamente.

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Lembremos que os sofistas gregos eram os que privilegiavam a retórica sobre a verdade. Isto é, independentemente do fato ser ou não verdadeiro, vencia quem tinha o melhor argumento. Infelizmente agora não é nem quem tem o melhor argumento, mas a melhor difamação que, claro, serve como argumento.

E você acredita em quem?