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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta sexta-feira que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já errou dois prognósticos sobre sua carreira política, mas não se prolongou quando o tema da conversa foi uma possível candidatura à Presidência em 2018. O tucano, que participou de uma reunião-almoço no Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), centro da capital, referia-se à entrevista de FH publicada hoje no jornal O GLOBO .

Ao jornal, o ex-presidente disse que Doria “está começando” e que considera “prematuro” pensar no nome dele para 2018, “porque ele tem um mês de governo”. FH afirmou ainda que “credibilidade não é igual a popularidade” e que um ano e meio à frente da Prefeitura de São Paulo não é suficiente para construir uma liderança, “mas pode dar voto”.

— Respeito muito o Fernando Henrique, pela sua trajetória e sabedoria, mas só lembro que o ex-presidente também disse que eu não seria eleito para ser candidato pelo PSDB nas prévias. Ele apoiou outro candidato — apontou Doria, para continuar.

— E ele mesmo já confessou que quando comecei a campanha para a prefeitura de São Paulo também acreditava que eu não seria eleito. Venci nas duas (ocasiões).

Questionado, na sequência, se a resposta que acabara de dar era um indício de que ele acredita que venceria em 2018, Doria sorriu.

— Não estou falando isso. Apenas que o presidente Fernando Henrique, com todo o respeito que ele merece, e a minha profunda admiração, errou nos dois prognósticos.

[…]

Bastante aplaudido, o prefeito terminou a fala, pregando humildade e pedindo por mais solidariedade para evitar “o mau” em 2018.

— Se não tivermos capacidade de compreender que o ato solidário é um ato que protege a comunidade, muito em breve, em 2018, alguém com o mesmo discurso populista, barato, mentiroso, falso, vai vir nos palanques, na TV, nas rádios e redes sociais se dizendo salvador — afirmou, para continuar dizendo que é preciso mais mobilização.

— Temos que proteger o Brasil de um mau que não pode voltar — finalizou ele, aplaudido de pé.

Todos negam, inclusive o próprio prefeito, mas o fato é que as chances de Doria ser candidato em 2018 aumentam a cada dia. E o motivo é simples: se o PSDB quer ter alguma chance de vitória, é com ele que deve ir. Os caciques do partido estão ou queimados na Lava-Jato ou não representam novidade, alguém de fora do sistema, condição quase imprescindível para levar as próximas eleições.

O fato de Doria estar sendo alvo de tanto “fogo amigo” é bom sinal e fala toneladas a seu favor. Ruim seria se as lideranças tucanas quisessem ele mesmo, estivessem lutando para que ele fosse o candidato. Isso levantaria todo tipo de suspeita, de que ele é um “cavalo de Tróia” tucano. Não parece ser esse o caso, pois nem os líderes do partido engolem essa alternativa.

A postura pusilânime do PSDB no enfrentamento ao PT, desde o mensalão de 2005, só serviu para dar fôlego aos socialistas da extrema-esquerda e afundar o Brasil de vez. O povo cansou. O povo quer alguém que tenha a coragem de bater de frente com esses safados, não um covarde “isentão” que fale em “conversar” com Lula. Com Lula não tem conversa: aplica-se a lei e ponto final!

Se Doria continuar nesse ritmo de trabalho e nessa toada corajosa, terá tudo para ser um candidato viável em 2018. Já os tradicionais caciques tucanos seriam um prato cheio para o candidato da extrema-esquerda, seja ele Lula, Ciro Gomes ou Marina Silva.

Rodrigo Constantino

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