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O tema da doutrinação ideológica nas escolas vem ganhando muito destaque no país. Já é um grande mérito do projeto Escola Sem Partido, ao jogar luz naquilo que todos sabiam, mas muitos ignoravam voluntariamente. A reação ao projeto forçou muito doutrinador a sair da toca, a deixar claro que, na prática, defende uma escola com partido, pois encara o papel do educador como o de um engenheiro social, um agente transformador de valores na sociedade.

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O ataque ao Escola Sem Partido é impressionante. Pululam artigos o acusando de censura, distorcendo suas metas, atacando espantalhos. Mas tudo isso serviu ao menos a esse propósito: colocou o assunto, inadiável, na ordem do dia. Quem conhece a estratégia de Gramsci sabe como a esquerda radical valoriza esse instrumento revolucionário. Não dá mais para evitar o debate.

E nele entra o jornalista Carlos Alberto Di Franco, não necessariamente endossando os meios do Escola Sem Partido, mas admitindo o diagnóstico da coisa. Fingir que a doutrinação não existe é simplesmente impossível, pois são muitas evidências do viés, da doutrinação, do excessivo peso marxista, do proselitismo partidário. A melhor solução, segundo Di Franco, é a família reforçar seu direito básico quando o assunto é educação:

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Assiste-se a uma animada esgrima informativa a respeito do papel dos professores na formação dos alunos. Alguns entendem que a sala de aula se transformou em espaço de manipulação ideológica. É o caso dos idealizadores do projeto Escola Sem Partido. Estão convencidos de que os conteúdos ministrados pelos mestres não são neutros. São samba de uma nota só. O olhar marxista e relativista seria preponderante, quase asfixiante. A análise da economia, a visão da política, a interpretação da História e a formação das convicções morais dos alunos passariam por um implacável filtro gramsciano. Exagero? Talvez. Mas, como lembrou recente editorial do jornal “O Estado de S.Paulo”, “evidências não faltam de que muitos professores têm transformado salas de aula em laboratório de doutrinação ideológica esquerdista, sob o argumento de que é necessário criar ‘resistência’ a uma suposta onda conservadora.”

[…]

A chave está na família. Os pais devem ter um ativo protagonismo na educação dos seus filhos. É a família, e não o Estado, que tem o poder decisório a respeito da formação da juventude. Não tem sentido, por exemplo, que os pais sejam afastados da educação da sexualidade das suas crianças. É um abuso totalitário. E está acontecendo. O Estado tutor não é bom formador. É sempre manipulador. É preciso lutar para que as associações de pais não sejam uma abstração, mas uma presença decisória nas escolas.

O MEC, dominado pela mentalidade esquerdista, insiste nessa baboseira de identidade de gênero, uma ideologia sem sentido que busca, na prática, fomentar uma agenda revolucionária de relativismo moral e hedonismo liberticida. Nenhum “professor” tem o direito de “ensinar” a uma criança que tanto faz ela ser menino ou menina, que biologia não determina nada, que não há certo ou errado em ela gostar de meninos, meninas ou ambos. São questões ligadas aos valores morais, e cabe à família decidir como abordá-las com seus filhos.

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Mas todo totalitarismo sempre declarou guerra ao núcleo familiar acima de tudo, justamente por compreender que é ele a principal fonte de resistência aos abusos de poder do estado. O Escola Sem Partido não é somente sobre isso. Mas essa é uma parte importante. Estão enfiando na caixola das nossas crianças besteiras sem tamanho, distorcendo valores, banalizando coisas que não deveriam ser decididas por esses “educadores” arrogantes, e sim pelos pais.

Precisamos de mais família e menos estado.

Rodrigo Constantino