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Duas notícias de hoje derrubam as falácias dos desarmamentistas

A maçã não é uma arma. Deu nisso. (Foto: )

O leitor certamente conhece algum desarmamentista. É do tipo que logo culpa a arma pelo crime, como se o objeto inanimado tivesse vida e responsabilidade, enquanto o sujeito que escolheu praticar o crime fosse um autômato sem volição. Essa turma condena sempre as armas, e esquece de culpar o próprio criminoso. Esquece que a mesma arma também pode ser utilizada para impedir crimes. O óbvio ululante, eu sei. Mas quem disse que essa gente liga para a lógica?

Pois bem: hoje temos duas notícias que derrubam as falácias dos desarmamentistas*. A primeira delas mostra que um juiz reagiu a um assalto em Minas Gerais, já contrariando as recomendações das autoridades (que querem criar uma sociedade de covardes). Ele estava armado, o que apavora os desarmamentistas (só marginal pode ter arma, pelo visto). O resultado? “Deu ruim” para os bandidos:

Um juiz da comarca de Uberlândia, de 53 anos, atirou contra dois criminosos durante um assalto, na madrugada desta sexta-feira (10), no Bairro Luizote de Freitas. Os assaltantes não resistiram aos ferimentos e morreram no local. O fato foi registrado por volta da meia-noite em uma lanchonete na Avenida Doutor João Manoel Tannus.

A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) enviou nota à imprensa manifestando apoio ao magistrado.

De acordo com as informações Polícia Militar (PM), três suspeitos chegaram ao estabelecimento armados e anunciaram o assalto. Foram roubados seis aparelhos celulares de clientes e cerca de R$ 50 em dinheiro.   

As vítimas relataram aos militares que um dos autores estava encapuzado e, portando um revólver calibre 32, foi em direção ao caixa e ameaçou o proprietário do estabelecimento. Outro autor dava apoio ao assalto portando uma pistola.

Durante a ação, um dos criminosos teria apontado a arma para o magistrado que também estava no local. Momento que, em legítima defesa, o juiz sacou uma pistola e disparou contra os autores, sendo dois atingidos na cabeça e pescoço.

Esse juiz é um herói! Merecia uma medalha nacional de bravura, qualidade tão em falta em nossos dias. Cabra macho, que se defendeu dos marginais e protegeu sua vida e suas propriedades, mandando os safados direto para o colo do Capeta! Ainda bem que a Amagis soltou nota de apoio, porque sabemos que a turma dos “direitos dos manos” não gosta quando uma vítima reage e mata bandidos, pois esses é que seriam as “vítimas da sociedade”.

A segunda notícia diz tudo já na manchete, quase não precisa de acréscimos: “Em meio ao caos no Espírito Santo, só loja de armas abre”. Por que será? Por que a loja de móveis fecha, mas a loja de armas fica aberta quando a bandidagem anda solta pelo local? Teria alguma ligação com o fato de que cidadãos de bem querem o direito de se defender desses marginais? Diz a reportagem:

A falta de transporte público e o medo da violência afetaram muito o comércio da Grande Vitória. Desde o início da semana, poucas lojas arriscaram abrir as portas. Além da ameaça de assaltos e saques, as pessoas não conseguem chegar aos locais de trabalho. Assim, quase ninguém compra ou vende alguma coisa na região metropolitana. 

Em Vila Velha, uma única loja estava aberta nesta quinta-feira, 9, em um raio de três quarteirões. O estabelecimento é especializado em armas, artigos de defesa pessoal e vestuário para agentes e seguranças.

Quem é doido para invadir uma loja com vendedores armados? Bandido pode ser até meio maluco às vezes, ousado, mas não é burro. Adora “gun-free zones”, ou seja, locais onde é proibido ter armas. Mas uma loja de armas? Nem pensar! O próprio vendedor carrega a sua, e a reação ao assalto é quase certa, tem probabilidade bem maior. Bandido também sabe calcular risco.

Quando vou no stand de tiro perto aqui de casa, o senhorzinho do caixa está sempre lá, com sua Glock na cintura. O cara teria que ser muito suicida mesmo para tentar alguma coisa num lugar desses, em que não só o vendedor está armado, como todos estão com armas à sua volta. É por isso que marginais preferem roubar onde ninguém pode ter armas.

Mas vai explicar o óbvio aos desarmamentistas! Vai lá dizer que 2 mais 2 é igual a 4. Boa sorte! Eu já tentei fazer isso várias vezes, e eles insistem que não dá quatro, mas cinco. Eles têm preconceito contra as armas. É uma reação emocional, não racional. Como constatou Jonathan Swift: “É inútil tentar fazer um homem abandonar pelo raciocínio uma coisa que não adquiriu pela razão”. Mas a gente continua tentando…

* É claro que dois casos isolados não comprovam nada, já que uma andorinha apenas não faz verão. São evidências anedóticas, que acabam corroboradas pelas estatísticas (e pela lógica). Mas, da mesma forma que os desarmamentistas gostam de usar casos isolados para “provar” que armas são perigosas, é importante mostrar sempre quando elas salvam vidas também.

Rodrigo Constantino

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