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O voto do relator Zveiter gerou muita polêmica. Em essência, ele destacou o conceito “in dubio pro societate”, no lugar do famoso “in dubio pro reu”. Ou seja, ao aceitar a acusação contra o presidente Temer, o deputado levou em conta que os interesses da sociedade, por ele definido, estariam acima dos direitos do indivíduo, cidadão e, no caso, presidente. Muita controvérsia se seguiu a essa decisão.

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Reinaldo Azevedo condenou veementemente a argumentação, e o Palácio do Planalto também acusou a “politização” da análise. E, de fato, está tudo muito politizado. Mas se é para deixar de lado o rigor da lei e apelar para a política, então caberia a todos não bancar o idiota útil de petista. O Brasil não é para amadores, como argumentei aqui.

Não são só os tucanos que vivem um dilema terrível de abandonar ou apoiar o governo Temer. Quem acompanha os bastidores dos movimentos liberais e conservadores sabe muito bem que seus principais nomes também estão agonizando diante da necessidade dessa escolha. Gritar “Fora Temer” e mergulhar no escuro com Rodrigo Maia, sabendo que vão imediatamente pedir sua cabeça também, ou berrar “Fica Temer”, correndo o risco de rasgar a bandeira ética?

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Não é decisão fácil, reconheço. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mas, já que tudo virou mesmo política, então tenho ao menos uma receita que tem me servido muito bem nas últimas décadas: ir contra aquilo que o PT defende. Sei que pode parecer o tribalismo que condeno, o Fla x Flu que rejeito, mas é que em toda regra há exceções. E o PT é uma exceção.

O troço consegue errar sempre. É uma quadrilha disfarçada de partido. O PT quer o pior para o Brasil, e sempre foi assim. Inspira-se em Cuba, na Venezuela, e diz isso abertamente. Por que não acreditar? Ainda mais quando deu todos os sinais disso durante os mais de 13 anos no poder. Aparelhou a máquina estatal, tentou censurar a imprensa, roubou como nunca antes na história deste país, aproximou o Brasil da escória mundial e o afastou das nações decentes, adotou um nacional-desenvolvimentismo que destruiu a economia, voltou com a inflação, colocou milhões no desemprego, investiu na doutrinação ideológica, comprou “jornalistas”, subverteu valores morais, defendeu bandidos, banalizou a vida, institucionalizou a corrupção, levou o cinismo ao estado da arte, alimentou sua militância armada e criminosa etc.

Isso é o PT, com suas linhas-auxiliares, PSOL, PCdoB e Rede. O PT esteve contra as privatizações, o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a autonomia do Banco Central, a flexibilização das leis trabalhistas, a reforma previdenciária. Para barrar no grito as reformas, os senadores petistas não se importam sequer de ocupar na marra a cadeira do presidente e impedir votações. São bandoleiros!

E se o PT é contra tudo que foi progresso em nosso país, ele também é a favor, por coerência ímpar, a tudo aquilo que nos mantêm reféns do atraso. O PT esteve a favor das cotas raciais, do peleguismo da CUT, da segregação do povo brasileiro, do MST. Não é possível encontrar nada em que o PT tenha se colocado firmemente do lado do Brasil. O PT é um câncer em nossa política. Tudo que os petistas querem é ruim, terrível para o futuro da nação. Até um relógio quebrado acerta a hora duas vezes por dia; o PT, nem isso!

Portanto, minha máxima política é bem simples, e podem apostar: não falha nunca! In dubio pro societate? In dubio pro reu? Nada disso! In dubio anti-PT! Eu não sairia às ruas nem para gritar “Viva o Brasil” se fosse ao lado de petistas. Vou sair para gritar “Fora Temer” e fazer o jogo do PT? Não tenho vocação para ser peão no tabuleiro de xadrez de marginais.

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Rodrigo Constantino