Por João Luiz Mauad, publicado pelo Instituto Liberal
É dura a vida de uma equipe econômica liberal em Pindorama. A começar pelo engessamento orçamentário. As despesas obrigatórias vão somar 94% dos gastos do governo federal em 2020. São gastos, como diz o nome, que não podem ser mexidos.
No próximo ano, a despesa total do governo somará R$ 1,479 trilhão. Desse valor, R$ 682 bilhões serão destinados para pagar as aposentadorias do INSS, e R$ 336 bilhões para a folha de ativos e inativos. As despesas discricionárias, espaço reservado para investimentos e custeio, será de R$ 89,1 bilhões, sendo apenas R$ 19,3 bilhões para investimentos.
Como reduzir despesas desse jeito, principalmente se os gastos estão quase todos indexados e vinculados? Simplesmente não dá! Tentou-se a estratégia de reduzir os salários dos servidores e sua carga horária, de forma proporcional, mas o STF já fez o favor de proibir.
Não se iludam, portanto: a redução das despesas só se dará de forma relativa, caso o país volte a crescer de forma consistente. Nesse caso, o governo precisará congelar as despesas nominais por um longo período, enquanto as receitas crescem junto com os eventuais aumentos do PIB.
Será que os que hoje só fazem criticar têm alguma solução melhor, de curto prazo?
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