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E se Downton Abbey fosse uma novela da Globo?
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Por Alexandre Borges, para o Instituto Liberal

Robert Crawley, o Conde de Grantham, vivido por José de Abreu, teria conseguido sua fortuna roubando diamantes da família de uma de suas atuais empregadas, que viu a mãe morrer de desgosto quando era criança. Revoltada e com sede de vingança, ela mudou de nome e foi trabalhar em Downton Abbey para dar o troco.

Lady Grantham (Fernanda Montenegro), a mãe de Robert, seria lésbica e teria um caso com Isobel, a sogra de Mary e mãe de Matthew. As duas atrizes fariam um tour por talk-shows explicando como querem “dar um tapa na cara de sociedade”.

As três irmãs Crawley (Regina Casé, Letícia Spiller e Letícia Sabatella) teriam sido abusadas sexualmente na infância pelo mordomo Charles Carlson (Sérgio Mamberti), que seria preso num capítulo em que vítimas de estupro na vida real darão depoimentos. Elas serão entrevistadas depois no programa da Fátima Bernardes. As três odeiam tudo e todos, a fortuna era um peso insuportável, e terminarão a novela num asilo caindo aos pedaços no interior.

Tom Branson (Gregório Duvivier), o motorista comunista, nunca teria criado laços afetivos verdadeiros com qualquer membro da família Crawley. Ao casar com Sybil, os dois tramariam a morte de Robert e Cora para ficar com a herança mas seriam descobertos. Eles fogem para a recém criada União Soviética onde se juntam aos “movimentos sociais” para ajudar o povo. Branson é morto por um agente secreto britânico infiltrado e Sybil volta para casa humilhada, culpando o capitalismo por tudo.

Sybil decide criar sua filha sem gênero definido, colocando roupas de menino e menina. A criança resolve que é um menino preso num corpo de menina e toma hormônios desde os seis anos. A criança que faz o papel é entrevistada no Fantástico por vinte minutos para conscientizar os pais conservadores.

A atriz que interpreta Beryl Patmore (Marieta Severo), a chefe de cozinha, comandaria um reality show na Ana Maria Braga. O vencedor ficaria eternamente nas ruas entrevistando quem quer que passe na sua frente sobre qualquer assunto descartável e curtindo a vida de quase-celebridade. O portal Ego mostrará sua foto comendo numa padaria do Leblon em destaque.

Sarah O’Brien (Cissa Guimarães), a criada que fez Cora Crowley perder o bebê escorregando no banheiro, faria vídeos em defesa do aborto: “meu sabonete, minhas regras”. A revista Marie Claire dará capa para sua campanha.

John Bates (Paulo Betti) lideraria companheiros na cadeia para fazer greve de fome e reivindicar melhores condições de vida para os presos, maioridade penal de 18 anos e progressão de pena.

Thomas Barrow (Mateus Solano) só fez maldades por conta da discriminação por ser homossexual. Ele conseguirá ter um caso com Jamie Kent (Fábio Assunção) e ficará rico como autor de peças teatrais e livros de sucesso. No final, ele compra Downton Abbey de Robert que vira seu mordomo.

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