Por Thiago Kistenmacher, publicado pelo Instituto Liberal
Se eu fosse um terrorista muçulmano disposto a estremecer o mundo ocidental, algumas coisas ajudariam muito para que meus planos pudessem ser executados.
Se eu fosse um terrorista muçulmano. adoraria a União Europeia, que me permitiria circular por todos os países integrantes quase que livremente. Assim eu poderia conhecer quais os lugares mais vulneráveis e planejar um ataque sem me preocupar com as fronteiras.
Se eu fosse um terrorista muçulmano, concordaria com os pacifistas que pensam poder combater a violência colocando flores nos fuzis do exército, tocando violão nas praças, segurando cartazes pelo fim da intolerância e escrevendo teses para seus pares.
Se eu fosse um terrorista muçulmano, iria ficar muito contente em saber que os cristãos glorificam o martírio. Deste modo, eu poderia atacar sacerdotes sem esperar qualquer resistência.
Se eu fosse um terrorista muçulmano, daria o maior crédito possível para a Esquerda até que ela própria enfraquecesse o Ocidente por dentro. Depois disso, faria com que o ateísmo dela fosse para o espaço junto com suas ideias revolucionárias.
Se eu fosse um terrorista muçulmano, seria muito grato pelo silêncio dos muçulmanos moderados.
Se eu fosse um terrorista muçulmano, daria o maior apoio para as campanhas do desarmamento feitas no Ocidente! Seria ótimo encontrar vítimas que só pudessem se defender com os punhos enquanto os ataques fossem feitos com metralhadoras automáticas contrabandeadas.
Se eu fosse um terrorista muçulmano, ficaria aliviado por saber que existe o relativismo que, aliás, só sobreviveria até a construção do primeiro califado.
Se eu fosse um terrorista muçulmano, seria um grande entusiasta do politicamente correto, pois ele me daria todas as ferramentas e me receberia de braços abertos mesmo que eu portasse uma AK-47 carregada e pronta para fuzilá-lo na primeira oportunidade.
Por fim, se eu fosse um terrorista muçulmano, cometesse algum atentado e fosse pego, levantaria o punho, para desestabilizar a ordem, agitar a opinião pública, ter apoio de partidos, movimentos sociais e professores universitários, e gritaria “morte ao capital!” Quem sabe aí eu não seria visto como preso político e depois de alguns anos ainda recebesse uma indenização por isso?