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Por Heitor Machado, publicado pelo Instituto Liberal

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A imagem acima mostra uma fila para um hipotético sistema de distribuição de alimentos estatal. Algo similar já aconteceu nos governos socialistas e comunistas do passado e atualmente ocorre na Venezuela.

Frequentemente ouvimos dos políticos que intervenções estatais na economia seriam justificadas por ações “estratégicas”. Os interventores dizem que por ser uma atividade muito “sensível” então ela jamais deveria sofrer o aspecto da escassez. Curioso…

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Na Constituição Federal, há diversas regras  que tentam justificar essas intervenções. Mineração e Telecomunicações, por exemplo, são áreas de legislação privativa da União. Isso significa que os outros entes da federação, estados, territórios e municípios não podem legislar sobre esse assunto. Daí a confusão sobre royalties de petróleo, em que o Rio de Janeiro é quem produz, mas Tocantins ganha com isso. Faz algum sentido? Nenhum.

Nos exemplos acima é possível perceber claramente que as intervenções estatais prejudicam o melhor termômetro para equilíbrio entre oferta e demanda: o preço. É ele quem fornece a informação para os agentes econômicos sobre o quê, quando, por quanto tempo e em que quantidade algo deve ser produzido. As tentativas de manipulação dos preços trazem sempre resultados nefastos para ambos os lados, consumidores com a demanda e produtores que não conseguem calcular a oferta. Essa é a premissa básica que ajuda a entender por que o socialismo não funciona.

Se ousar manipular o preço é ruim, abolir o preço é loucura ainda maior e isso é exatamente o quê acontece no fornecimento estatal de educação, pela rede pública de ensino, e de saúde pelo SUS.

Por conta desse pensamento, apenas pense como seria a criação de um SUA (Sistema Único de Alimentação). Depois de 3 arrepios e 2 pesadelos, elucubrei: “Great Scott! O que é mais estratégico que a comida?”. Surpresa ou não, as pessoas morrem sem comer, mesmo assim não existem defensores do SUA. Isso é o que vemos na imagem que ilustra o presente artigo, ou seja, gigantescas filas em busca de alguma comida como consequência do absurdo sistema venezuelano de distribuição de alimentos para a população.

Em grande parte, Maduro trata seu povo como nós jogamos The Sims, faz o que quiser em nome do “grande objetivo” socialista. Fez gato e sapato com as trocas voluntárias e agora a população venezuelana tem que lidar com a escassez e de quebra ainda ouvir que a culpa é da ganância.

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Dessa forma, sempre que você pensar que algo é bom o suficiente e que todos deveriam ter acesso àquilo, pode ser educação, saúde ou comida, peça também o respeito pelo preço e um mercado o mais aberto possível. Você já imaginou ter que esperar por um peito de frango o mesmo tempo que se espera para marcar uma consulta no SUS?