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Por Dennis Prager *

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Muitas pessoas certamente estão perguntando: “E se o atirador de Orlando, Flórida fosse um cristão?”

Por quê? Porque pouco seria dito pela mídia e líderes políticos democratas – do presidente para baixo – se o assassino fosse um cristão anti-gay.

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A diferença mais óbvia é que a mídia e os democratas acusariam os cristãos pelo massacre, enquanto eles fazem tudo ao seu alcance para exonerar os muçulmanos. De fato, como muitos notaram, o presidente Obama e toda a liderança do Partido Democrata há muito tempo recusam até mesmo usar os termos “islamismo radical” ou “radicais islâmicos”.

Então, vamos imaginar que um cristão que odeia gays assassinasse 49 pessoas e deixasse gravemente feridos outros 53 na boate gay na Flórida. A América seria inundada com ataques à religião, aos cristãos, ao cristianismo e à Bíblia.

Isto não é especulação teórica. Por exemplo, os meios de comunicação e outras vozes à esquerda citam regularmente uma família – literalmente uma família, a família Phelps – a fim de demonstrar como “homofóbicos” são os cristãos conservadores. Fred Phelps criou a Igreja Batista de Westboro, que tem menos de 40 membros, a maioria dos quais são nove dos 13 filhos de Phelps e alguns de seus filhos e netos. Essa família antissemita, anti-católica e homofóbica não representa grupo algum, nenhuma ideologia e nenhuma religião, e é regularmente denunciada por todas as denominações cristãs, incluindo os evangélicos conservadores.

No entanto, Westboro é frequentemente citada pelos grupos de mídia e LGBT como se representasse os cristãos conservadores.

Agora, imagine se o assassino da boate fosse um cristão sem ligação com a família Phelps. Nós seríamos inundados por comentários sobre os perigos representados pela direita religiosa, os cristãos fundamentalistas, etc.

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Há duas razões para isso ser tão significativo.

Em primeiro lugar, a esquerda tem travado uma guerra contra o cristianismo. Escritores de esquerda negam e ridicularizam essa noção, o que só ilustra uma falta de honestidade intelectual.

Por que, por exemplo, empresas em toda a América sentiram a necessidade de mudar o nome de festas de Natal para “festas de férias” (“holiday parties”)? Qual feriado que não seja o Natal é celebrado nessas festas? Certamente não a véspera de Ano Novo. Essas festas são sempre chamadas “festas da véspera de Ano Novo” (ou réveillon). E não a Hanukkah, porque os grupos judeus têm festas Hanukkah.

Além disso, desde Karl Marx, a esquerda – não os liberais tradicionais, mas a esquerda – em todos os lugares se opôs ao Cristianismo. O esquerdismo é uma religião secular. E onde quer que o Cristianismo tradicional (ou judaísmo tradicional) seja forte, a esquerda entende que não pode conquistar a sociedade. Na Europa, o esquerdismo tem sido quase totalmente bem sucedido em suplantar o Cristianismo. A única exceção é a América Latina, onde a esquerda tem trabalhado para refazer o cristianismo em sua imagem através da “Teologia da Libertação”, que é essencialmente o marxismo com Cristo.

Assim, se o atirador da discoteca em Orlando fosse um cristão, isso seria quase tudo o que se ouviria falar. Afinal, a esquerda tem rotulado assassinos que não têm nenhuma afiliação com o cristianismo como cristãos – Timothy McVeigh, o terrorista de Oklahoma City, é um exemplo.

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A segunda razão pela qual a esquerda estaria preocupada em atacar o Cristianismo seria para ajudar a manter a ficção de que o Islã é “uma religião de paz”.

O Islã nunca foi uma religião de paz. Começou como uma religião guerreira, e ao longo de sua história, sempre que possível, os muçulmanos fizeram guerra contra os não-muçulmanos, desde os politeístas do Norte da África até os hindus da Índia. Uns 60 a 80 milhões de indianos foram mortos por invasores muçulmanos durante centenas de anos de domínio muçulmano lá.

Assim, enquanto a esquerda enfatizaria a fé cristã de um assassino, nega que o Islã desempenha qualquer papel na quantidade vasta de assassinato, tortura, escravidão, mutilação genital feminina, subjugação sem precedentes de mulheres e violações cometidas por pessoas de fé islâmica. Praticamente todos os estudantes americanos e europeus aprendem sobre as Cruzadas, a Inquisição Espanhola e o papel do Ocidente cristão na escravidão, mas nada de séculos de matança em massa e vasta escravização de europeus e africanos por muçulmanos.

Por quê? Porque a verdade sobre o recorde histórico de violência dos muçulmanos iria acender uma luz brilhante sobre o registro moral muito superior do Ocidente cristão. Assim, a esquerda emprega uma tática dupla: retratando o Islã como benigno e o cristianismo como malicioso.

Estou escrevendo esta coluna em Roma, onde estou hospedado em um hotel localizado a uma quadra da embaixada norte-americana. A embaixada está envolta em uma enorme bandeira da libertação gay.

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Três perguntas vêm à mente:

Por que a embaixada tem essa bandeira? Será que ela tem qualquer outra bandeira gigante além da bandeira americana?

Estão todas as embaixadas atualmente envoltas nesta bandeira? Por exemplo, estão as embaixadas americanas em países muçulmanos envoltas nela?

Minha terceira e mais relevante pergunta é: Se um muçulmano alvejasse e assassinasse dezenas de cristãos, alguma embaixada americana em todo o mundo estaria envolta em uma bandeira que representasse a cruz cristã? Na verdade, à luz do único genocídio em curso no mundo, dos cristãos no Oriente Médio por certos grupos muçulmanos, por que não estão as embaixadas americanas cobertas com uma bandeira que carrega uma cruz?

Nós todos sabemos a resposta.

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Os cristãos devem ser retratados como vilões, e não vítimas.

* Coluna publicada originalmente pelo Townhall.com, tradução livre.