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Economias brasileira e americana melhoram: onde está o apocalipse previsto pela esquerda?
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A produção industrial brasileira cresceu 0,6% em abril. frente a março, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. É a primeira alta em 2017 e a maior taxa para o mês desde 2013, quando tinha subido 0,9%. No mês anterior, o setor havia recuado 1,8%. A mediana das expectativas de analistas consultados pela Bloomberg era de alta de 0,1%. Na comparação com abril de 2016, houve queda de 4,5%. Nos quatro primeiros meses de 2017, o recuo é de 0,7%.

A primeira alta da indústria no ano, no entanto, ainda não permite identificar uma recuperação do setor, segundo André Macedo, gerente da coordenação de indústria do IBGE:

— Dos quatro principais impactos que tiveram influência importante, todos eles tiveram comportamento negativo no mês anterior. (O resultado) reforça esse caráter errático da produção industrial, o que claramente não caracterizaria, a despeito desse 0,6%, nenhuma trajetória de crescimento da produção. Não fica nada clara uma retomada.

É verdade que ainda é muito cedo para celebrar qualquer recuperação da economia, pois nossa situação continua bastante delicada, após a destruição causada pelo PT. Mas o fato é que mesmo sem as reformas, a coisa já esboça alguma melhora, ou ao menos parou de piorar. E Temer tem ligação com isso, ao colocar no comando dos cargos importantes gente mais séria e ortodoxa.

Se as reformas fossem aprovadas, a recuperação seria bem mais forte, pelo resgate da confiança do investidor. Mas o simples fato de ter na Fazenda Henrique Meirelles em vez de Guido Mantega, no Banco Central Ilan Goldfajn em vez de Alexandre Tombini, no BNDES Maria Silva Bastos antes e agora Paulo Rabello de Castro em vez de Luciano Coutinho, e na Petrobras Pedro Parente em vez de Graça Foster ou José Dutra, já é suficiente para sinalizar ao mercado um compromisso maior com a realidade e o crescimento.

A razoável recuperação e estabilidade do Ibovespa mostra essa melhoria também, e só podemos imaginar quanto estaria o índice hoje se Dilma não tivesse sofrido impeachment (arrisco uns 30 mil pontos como palpite):

Fonte: ADVFN

Ou seja, o caos previsto pelo PT com a saída de Dilma não veio. Ao contrário: foi o impeachment que impediu um caos ainda maior! E o mesmo vale para a economia americana. Muitos “especialistas” anteciparam uma catástrofe imediata com a vitória de Trump, mas nada parecido com isso aconteceu. Pelo contrário, como comenta Alexandre Borges com ironia hoje:

Taxa de Desemprego nos EUA divulgada ontem: 4,4%. Melhor número em uma década. Salários médios aumentaram. Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 fecharam com alta recorde ontem e continuam subindo hoje. Varejo em recuperação mostra que a confiança do consumidor americano está voltando. Mas ok, continuo esperando o Armaggedon prometido pelo Caio Blinder e pela Cecília Malan.

Mas tudo bem. Nada de novo por aqui. Desde Marx que a extrema-esquerda canta o “fim do capitalismo” e desgraças iminentes, enquanto basta tirá-la do poder que as coisas já melhoram. Com um pouco de boa vontade, esses “especialistas” poderiam até concluir que é a própria extrema-esquerda a responsável pelo caos que tanto alardeia quando está fora do governo…

Rodrigo Constantino

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