Os latino-americanos adoram sonhar com um messias salvador, com um sujeito viril, barbudo, que vai falar firme (por horas?), bater na mesa, enfrentar os “imperialistas” e finalmente trazer a tão sonhada “justiça social”. Muita tirania já foi construída em cima desse ideal.
A cubana é o melhor exemplo. Com seus uniformes verde-oliva, aqueles guerrilheiros eram “machos” que desafiariam os ianques e lutariam por “liberdade”. O resultado está aí: meio século de sangrenta ditadura, milhares de mortos inocentes e presos políticos, e muita miséria e escravidão.
Mas Fidel Castro, com seus quase 90 anos, mais conhecido como “El Coma Andante”, ainda precisar alimentar essa imagem, é algo realmente patético. O uso dos já tradicionais uniformes Adidas (de vez em quando é Nike, empresa, pasmem!, americana) serve para simular uma virilidade há muito perdida.
Deve ser terrível ter de viver assim, eternamente como o símbolo de algo inexistente. Revolucionários preferem mártires, como Che Guevara, que morreu jovem e cuja foto tirada por Korda, com o olhar no horizonte, pode ser apreciada por milhões de idiotas úteis e muitas “amantes espirituais”, como diria Nelson Rodrigues.
Fidel não teve o mesmo destino. Envelheceu, ficou um tanto caquético, sua decadência física acompanha a decadência do próprio regime que criou. Mas para as esquerdas, aparência é tudo. Portanto, lá vamos nós, com o uniforme Adidas, fazer um tremendo esforço para uma foto, na vã esperança de que os inocentes úteis possam manter a imagem de líder viril em suas mentes.
Só um detalhe: quem acusa o embargo americano pela miséria cubana, além de atestar a maravilha do comércio com os “exploradores” ianques, precisa explicar porque o ditador pode desfrutar de produtos internacionais na maior tranquilidade. Pelo visto, importar não é tão difícil em Cuba. Impossível mesmo é ter o dinheiro para tanto, quando se trata do povo…
Rodrigo Constantino
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