Por Alexandre Borges
Seu pai mandou cortar a cabeça de sua mãe quando ela tinha dois anos e meio de idade.
O casamento dos seus pais foi anulado e ela foi considerada ilegítima, perdendo o direito de suceder o rei. Quando tinha 20 anos, sua meia-irmã se tornou rainha e ela foi presa por suspeita de traição. Aos 25 anos, com a morte da irmã, conseguiu assumir o reino da Inglaterra e Irlanda.
Em 1588, a maior potência do mundo na época, Espanha, construiu a “Invencível Armada” para invadir a Inglaterra, tirar a rainha do trono e anexar o país. Ela venceu a guerra, a Espanha quebrou financeiramente e perdeu parte do protagonismo no mundo.
Seu apoio aos holandeses contra os espanhóis foi fundamental para a independência dos Países Baixos no final do séc. XVI, criando as bases para o “século de ouro holandês” e o nascimento do primeiro país capitalista do mundo. Da Holanda do início do séc. XVII saíram também os colonos para os primeiros assentamentos britânicos na América que criaram os EUA como conhecemos.
Durante seu longo e estável reinado, a Inglaterra viu o florescimento das artes e o nascimento do “teatro elisabetano”, que tinha como seu mais conhecido autor ninguém menos que William Shakespeare.
Mesmo com vários pretendentes, ela preferiu não se casar, sendo conhecida no reino até a morte como “a rainha virgem”. O estado americano da Virgínia foi batizado em sua homenagem.
Seu reinado durou 44 anos e durante o período a Inglaterra se tornou a maior potência econômica, militar e cultural da Europa, conquistando um forte sentimento de identidade nacional.
Mesmo Elizabeth tendo sido um dos grandes monarcas da história há quase 500 anos e durante meio século, professores, jornalistas e ativistas-lacradoras-empoderadas vão dizer que o feminismo foi inventado por eles anteontem. Alguém precisa avisar que não foi.