Uma reportagem no GLOBO de hoje expõe bem aquilo que todos já sabem: o fracasso do ensino brasileiro, principalmente o público. Ele não passa de uma máquina de produção de analfabetos funcionais, que não sabem ler, escrever ou fazer conta, mesmo anos depois de frequentar as escolas. Isso tudo, não custa lembrar aos que clamam por mais recursos públicos, com o governo brasileiro gastando o mesmo que a média da OCDE em relação ao PIB, ou seja, não é problema de falta de verba, e sim de mau uso dela. Vejam o resultado:
Boa parte dos alunos no 3° ano do ensino fundamental brasileiro não entende o que lê. De acordo com a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), divulgada nesta quinta-feira, 22,21% dos estudantes de escolas públicas nessa fase da educação foram classificados no “nível 1”, o mais baixo de uma escala que vai até o “nível 4”. Segundo os critérios estipulados para o “nível 1”, essas crianças conseguem ler as palavras, mas não são capazes de compreender o que diz o texto diante delas.
Ainda segundo os resultados da ANA, 34% dos alunos estão no “nível 2”. Eles compreendem o sentido do texto, mas não são capazes de encontrar uma informação explícita quando a mesma está no meio ou no final desse texto. De acordo com a avaliação, 32% das crianças estão no “nível 3” e apenas 11,2% estão no “nível 4”.
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No que diz respeito à escrita, a ANA aponta que 34,46% dos dessas crianças não conseguem escrever um texto adequado ao que foi proposto. O resultado é a soma dos três primeiros níveis de aprendizagem. Na faixa 1, a mais baixa, estão 11,64% dessas crianças. Neste patamar elas não conseguem escrever palavras e relacionar os sons às letras. No nível 5 (índice ideal), há somente 9,88% dos estudantes, o que significa que sabem atender à proposta e escrevem textos com maior complexidade, embora possam ocorrer erros ortográficos e de pontuação.
Não há como ver esses dados e não “parabenizar” o patrono da educação brasileira, o comunista Paulo Freire, não é mesmo? Com sua visão marxista transportada para dentro das salas de aula, Freire criou uma legião de “pedagogos” e “professores” cuja meta não era mais transmitir conhecimento objetivo para a garotada, ensiná-la a ler direito, a fazer cálculos, nada disso! Essas coisas eram “opressoras” demais, instrumentos de uma elite burguesa que desejava perpetuar o injusto sistema capitalista.
Daquele momento em diante os professores teriam mais “humildade” para reconhecer que não eram detentores de um saber superior, e que poderiam ensinar às crianças analfabetas e pobres tanto quanto elas poderiam lhes ensinar. Era uma linda via de mão dupla, onde “nós pega os peixe” é tão correto como “nós pegamos os peixes”, já que ninguém é dono da razão.
Além disso, muito mais importante do que ensinar esses “preconceitos burgueses” era “conscientizar” esses alunos da luta social, das injustiças do mundo capitalista. Em suma, criar um exército de repetidores dos slogans marxistas. Deu certo! A turma não aprende a ler, não sabe escrever, e muito menos fazer contas complexas (o que talvez explique as demandas sempre por mais estado, sem levar em conta os rombos fiscais). Mas como cospe no capitalismo e elogia o socialismo!
Freire merece uma estátua em sua homenagem, de preferência no Maranhão ou no Piauí, nos estados mais pobres (e analfabetos) em que os alunos estão blindados contra todo tipo de “doutrinação” burguesa capitalista. Se não quiserem fazer uma estátua para o barbudo comunista lá, que ao menos façam uma em Cuba, sua grande inspiração ideológica. O Brasil tem o patrono da educação que merece, e o resultado está aí. Não seria hora de buscar uma alternativa mais… burguesa e capitalista?
Rodrigo Constantino
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