Não sou daqueles que se empolga com Donald Trump. Entendo que ele deva ser apoiado por todos que estão cansados do e preocupados com o esquerdismo crescente nos Estados Unidos e seu impacto no mundo todo. Entendo que, uma vez sendo ele o candidato Republicano, merece endosso como o anti-Hillary, apesar de não ser dos melhores quadros conservadores – ou sequer um conservador.
Entendo, ainda, que ao menos ele apresenta chances reais de vitória, e que de nada adianta ter alguém melhor, mais preparado e sério, como Mitt Romney, se o resultado será a derrota. Também entendo o receio de muito conservador de boa estirpe, como Thomas Sowell, Daniel Pipes e tantos outros, que se recusam a declarar apoio a Trump.
Mas não entendo quem se recusa a enxergar a legitimidade do fenômeno, quem sequer entende que há, sim, inúmeros motivos para o crescimento de Trump. Quem faz pouco caso da ameaça Democrata, dos riscos de a esquerda cada vez mais radical continuar no poder na América, nomeando mais juízes da Suprema Corte e adotando uma visão de mundo perigosa, está bem equivocado.
Precisa parar de ver a CNN e ler o NYT e começar a acompanhar a Fox News. Vejam, por exemplo, o poder de síntese de Bill O’Reilly, o recordista de audiência há anos, explicando em poucos segundos o fenômeno Trump:
Acho Trump bufão, personalista, demagogo e perigoso quando o assunto é comércio internacional (ele acha que se um país tem superávit com os Estados Unidos está “roubando” recursos americanos, por exemplo). Mas o melhor argumento para apoiar Trump não é Trump: é Hillary. É Obama. É o Partido Democrata. É essa postura esquerdista que vem destruindo o que há de melhor nos Estados Unidos. E isso não pode ser permitido.
Rodrigo Constantino