Fui um dos primeiros a dar a notícia no Brasil do incidente ocorrido na Berkeley, onde um grupo de vândalos fascistas impediu na marra, com violência, uma palestra de Milo Yiannopoulos, do site Breitbart. Estava ligado ao vivo na Fox News, e com a defasagem de três horas do fuso, ainda era o final da quarta-feira para mim, e madrugada em nosso país. Eis como dei a chamada: PROTESTO VIOLENTO IMPEDE PALESTRA DE EDITOR DO BREITBART EM BERKELEY
Na conclusão, escrevi:
É curioso que o fascista seja sempre o outro, não? Grupos que se organizam, vestem-se com a mesma cor e usam bandeiras, partem juntos para ataques desse tipo e impedem o debate civilizado e a liberdade de expressão, não sentem nenhuma vergonha de acusar o outro lado de intolerante e fascista!
O ambiente nos campus universitários americanos está polarizado e dominado mais e mais por uma horda de esquerdistas violentos, normalmente membros da elite mimada, que se julgam acima do bem e do mal, dispostos a impor na marra sua visão limitada de mundo a todos.
São esses “tolerantes” que representam o verdadeiro perigo fascista no mundo moderno. Só não vê quem não quer, quem prefere acreditar na narrativa hipócrita da mídia “progressista”, em muitos aspectos cúmplice desses marginais.
Agora vamos comparar com a reportagem de um jornal brasileiro dos mais importantes, e tido como conservador! Não estamos falando da Carta Capital, da Piauí, da Caros Amigos, mas do Estadão! Vejam só a confusão mental e ideológica dos responsáveis:
Um violento protesto foi registrado na noite desta quarta-feira, 1º, no câmpus da Universidade da Califórnia em Berkeley. A polícia teve dificuldades para conter uma multidão de alunos enfurecidos com a presença de Milo Yiannopoulos, editor do site conservador Breitbart, identificado com a extrema direita americana, que daria uma palestra no local.
Os estudantes colocaram fogo em um gerador de luz e lançaram objetos e dispararam fogos de artifício contra os policiais, que revidaram com balas de borracha e gás lacrimogêneo. A direção da universidade cancelou o evento e disse que Yiannopoulos não estava no câmpus no momento da confusão.
Yiannopoulos é um jornalista grego criado na Grã-Bretanha. Aos 32 anos, ele é conhecido por suas posições libertárias e visões extremistas sobre os muçulmanos, políticas sociais e suas críticas ao feminismo. Yiannopoulos é judeu e assumidamente homossexual que apoiou o republicano Donald Trump na campanha presidencial.
Talvez seja muito confuso mesmo para um jornalista “formado” nas faculdades brasileiras. O sujeito é assumidamente gay, ou seja, uma “minoria”, é judeu, outra “minoria”, e libertário (defende um estado mínimo). Votou em Trump (mas Trump não é contra as “minorias”, não é um “machista preconceituoso”?). E não deixam ele se manifestar livremente. Mas o extremista é ele! De extrema-direita, ou seja, do lado fascista ou nazista, que prega um estado… máximo! Entenderam? Não são fascistas e intolerantes os “alunos enfurecidos” que, pobrezinhos!, estavam apenas reagindo aos “preconceitos” do libertário gay!
Guilherme Macalossi comentou: “Os esquerdistas americanos querem fazer o Milo Yiannopoulos se sentir no Irã. No protesto que organizaram contra sua conferência na Universidade de Berkeley, só faltou levarem o guincho para enforcá-lo”. Exatamente! Para nossa mídia, o extremismo vem de quem tece críticas ao Islã radical, não dos próprios radicais que querem linchar o crítico!
Leandro Ruschel também falou sobre o caso: “O polemista Milo Yiannopoulos foi simplesmente impedido de dar uma palestra na Universidade de Berkeley na Califórnia. A esquerda impediu o evento com bombas e pancadaria. O argumento foi ‘combater o fascismo’! Há algo mais fascista do que impedir uma palestra?”
Entenderam a necessidade de uma Fox News do Brasil? *
Se até o Estadão está dando esse tipo de escorregada feia, imaginem os outros, a Folha, o Globo e companhia! Os fascistas vão conseguir instaurar o fascismo no mundo sob o manto de antifascismo, se depender dessa gente alienada…
* Percebi que alguns leitores estão confundindo meu bordão “Fox News do Brasil” com “Fox News NO Brasil”. O que precisamos não é do acesso ao canal americano pelo povo brasileiro, cuja maioria sequer fala inglês, mas sim de um NOVO CANAL voltado principalmente para temas brasileiros, com jornalistas (de verdade) brasileiros, no melhor ESTILO da Fox News. Pode até se chamar “Raposa Notícias”, não importa. O importante é o viés mais conservador, a coragem de enfrentar o establishment politicamente correto, de atacar os “progressistas” que concentram tanto poder, e falar PARA O POVO de carne e osso, em vez de para a “beautiful people” encantada com o som da própria voz falsa.
PS: Ofereço aos jornalistas do Estadão meu curso online “Trajetórias das Ideias Liberais“, gratuitamente!, para que possam entender minimamente sobre rótulos de filosofia política e evitar tanto constrangimento.
Rodrigo Constantino
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