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Equipe econômica de Guedes costura acordo com governadores para reforma previdenciária
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O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, começa a costurar um grande acordo nacional para a aprovação da reforma da Previdência no ano que vem. Ele já se reuniu com cinco governadores eleitos e garantiu o apoio deles. No fim de janeiro, terá encontro com outros políticos vitoriosos nas eleições passadas. Em várias tentativas de fazer mudanças no sistema de aposentadoria no passado, os governadores eram considerados empecilhos. Agora, a estratégia é conseguir o aval político deles antes dos embates no Congresso Nacional.

Para isso, o governo quer convencer os políticos que a reforma favorecerá o caixa dos estados, já que a maior parte das carreiras dos servidores estaduais têm regras de exceção. Tanto Mansueto, quanto o futuro secretário da Previdência, Rogério Marinho, e o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, terão encontro com os governadores em janeiro.

Mansueto já teve encontros com os governadores eleitos João Dória (SP), Eduardo Leite (RS), Romeu Zema (MG) e Ronaldo Caiado (GO), além de Paulo Hartung, atual governador do ES. Segundo ele, já tem o apoio dos cinco. Agora, a missão é convencer os demais.

Ele avalia que o cenário para a aprovação da reforma da Previdência é melhor do que há quatro anos. 

O gasto com a folha de pagamentos, de ativos e inativos, tem consumido o grosso do orçamento de muitos estados, inclusive desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal. A reforma previdenciária, portanto, é um “imperativo categórico” para a sobrevivência das finanças desses governos, e os governadores eleitos entendem isso.

É muito positivo que o próprio Mansueto Almeida, com visão técnica sobre o assunto, esteja explicando em maiores detalhes para os políticos a importância dessa reforma. Onyx Lorenzoni, que andou dando declarações desanimadores sobre a urgência da pauta, anda um tanto sumido, diga-se, o que talvez não seja de todo ruim.

A equipe econômica de Guedes é quem tem as melhores condições de mobilizar os políticos para uma reforma pragmática e viável. Marinho foi uma escolha acertada do futuro ministro, e entende a necessidade de se aproveitar a proposta na mesa, do governo Temer. Não dá para ficar postergando, “sem afobação”, achando que o governo tem quatro anos para realizar uma reforma. Não tem. O mercado não deixa, já que a aritmética é implacável e insensível diante dos apelos políticos.

Rodrigo Constantino

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