Antigamente, o “Dia das Mães” era uma data bonita, em que os filhos prestavam homenagens às suas mães, essas guerreiras que garantem a estabilidade do lar e a estrutura familiar. Isso é coisa de antigamente, de um mundo há muito esquecido, tido hoje como “reacionário”. Nos “tempos modernos”, mãe não tem um papel especial, até porque a “mãe” pode ser um… “pai”, ou qualquer outra coisa que o desejo ditar. Vivemos na época dos “gêneros fluidos” e das “famílias” elásticas, sem configuração definida.
Ao menos é assim em Hollywood ou no Projaquistão. Mas como essa turma é poderosa e influente, seus devaneios ideológicos se espalham e a pauta “progressista” domina vários ambientes, especialmente nos meios mais abastados das elites. Os ricos, afinal, precisam se provar “esclarecidos”, “modernos”, “prafrentex”, deixando claro que estão totalmente isentos de quaisquer “preconceitos”. A maioria segue com suas famílias tradicionais, mas nos discursos…
É por isso que Theodore Dalrymple mostra como as ideias paridas e disseminadas pela elite costumam punir justamente os mais pobres. É porque as elites normalmente são hipócritas, pregam uma coisa e fazem outra. Só que, ao alimentar um monstro, o bicho volta para devora-la. Foi sempre assim com comunistas, financiados por capitalistas mundo afora. E está sendo assim com as ideias comportamentais também. A bolha “progressista” um dia estoura.
A escola Eleva, projeto educacional ambicioso de Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil, que veio “revolucionar” o ensino e criar uma elite fora de série, aderiu ao politicamente correto e, na prática, resolveu acabar com o “Dia das Mães”. Ao menos como o conhecemos e o admiramos. Um grande amigo meu, que tem uma filha de apenas 4 anos na escola, ficou revoltado ao descobrir a pauta para essa data na escola: é a pauta do PSOL! Vejam um exemplo, com um desenho que ilustra o que seria uma “família”:
A legenda, escrita por uma mãe de aluno: “Da esquerda pra direita, dois homens, depois duas mulheres, depois só uma mãe, depois uma confusão que não consegui entender, depois só um pai e POR ÚLTIMO, uma família tradicional. Muita forçação. Gostaria de saber o preconceito que têm em relação à composição pai + mãe + filhos!”
O que chama a atenção é que, nas fotos reais, quase todos têm famílias tradicionais. Mas no desenho “progressista” que define família, para crianças de quatro anos, tem de tudo! Eles são contra “preconceitos”, e por isso há tanto preconceito contra a família tradicional, vista como “apenas mais uma” configuração possível.
A mesma mãe desabafou: “Hoje meu marido foi conversar abertamente com o [diretor] e ele afirmou que o perfil da escola é liberal e que inclusive o projeto inicial era de que os banheiros fossem mistos!” “Liberal” entre aspas, por favor, pois liberal clássico não acha a menor graça nessa maluquice de “ideologia de gênero” ou em colocar marmanjos no banheiro feminino.
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