A esquerda descobriu que existem cristãos no mundo! A bolha “progressista” é tão fechada que esse tipo de gente simplesmente não entra em contato com os milhões de cristãos lá fora. Todos, segundo a elite “descolada”, são cosmopolitas, ateus, democratas e entendem que a religião é um atraso de vida, a menos que seja o Islã, que deve ser respeitado.
Vários jornais mainstream deram destaque negativo ao fato de que a esposa do vice-presidente americano Mike Pence aceitou ser professora numa escola particular cristã, em Virgínia. Karen Pence foi a vida inteira dedicada a isso, estudou em escola cristã, o casal professa a fé cristã, mas pelo visto tudo isso é novidade e motivo de espanto para os jornalistas.
O destaque foi o fato de que a escola não encoraja ou aceita professores e alunos assumidamente homossexuais. As manchetes todas chamavam a atenção para esse fato: mulher de Pence vai dar aula em escola que barra comunidade LGBT. Mascarar o preconceito ao cristianismo, a intolerância para com a fé cristã, de luta pela inclusão e tolerância e contra o preconceito foi uma jogada canalha da turma, mas é o que sempre vemos.
Ora, a escola é privada. Vai quem quer. Ela é assumidamente cristã, e no cristianismo, sim, a homossexualidade é considerada um comportamento pecaminoso. Como, aliás, muitas outras coisas, tais como promiscuidade ou mesmo sexo antes do casamento. Não estão obrigando ninguém a se cadastrar na escola, e não é razoável imaginar por que alguém da comunidade LGBT, que tem ojeriza por tudo que o cristianismo professa, desejaria se tornar professor dessa escola.
Como Ben Shapiro e Matt Walsh mostram em seus podcasts sobre o assunto esta semana, o que a esquerda quer, no fundo, é partir para o ataque contra o cristianismo em si. Você pode ser cristão, desde que guarde isso para você, não viva de acordo com sua fé moral, não torne público o que você considera correto. Pregar, ainda que em escola particular? Nem pensar!
O “estado laico” é um pretexto para a perseguição religiosa, em especial contra os pilares da civilização ocidental judaico-cristã. Ninguém colocaria em destaque numa manchete que um muçulmano vai numa mesquita onde gays não são exatamente aceitos. Isso pegaria mal, não seria politicamente correto. Mas o judaísmo e o cristianismo podem e devem ser atacados pelos “tolerantes”.
O que se espera de uma escola cristã, comprometida com os valores e crenças do cristianismo, é justamente isso: que tais valores sejam transmitidos com rigor naquele ambiente particular. Se nem isso é permitido mais, se a “segunda-dama” dos Estados Unidos é vítima de ataques nefastos só porque é cristã e age como tal, então estamos muito perto de o cristianismo ser banido. É o desejo inconfesso dessa gente que quer mudar essencialmente a religião mais importante do Ocidente.
Não é intolerância se uma igreja ou uma escola cristão não aceitam um padre ou um professor assumidamente homossexual. É apenas coerência com os valores do cristianismo. O fato de Karen Pence ter chocado a esquerda só por dar aulas numa escola cristã expõe a radicalização dos “progressistas” e sua real intenção, que nunca foi a tolerância às minorias em si, mas sim a destruição completa do cristianismo e da objetividade moral.
Não há ninguém na escola batendo de porta em porta para atacar gays. Ninguém propõe leis contra homossexuais. Tudo que se quer é um espaço particular para professar a fé cristã e educar as crianças com base nela. Não pode! Absurdo! Os inquisidores seculares bradam com punhos em riste: submetam-se ao “esclarecimento” e adotem o nosso relativismo moral, ou aceitem as consequências! Eles precisam “salvar” essas crianças da “alienação” desses adultos “malucos”.
Já crianças de 10 ou 11 anos que tiram fotos peladas ao lado de “uma” drag queem igualmente “pelada”, ou seja, ao lado de um homem nu, isso tudo bem: é arte e liberdade de expressão. A sexualização precoce promovida por essa esquerda é linda, mas não venham falar em moral cristã e castidade até o casamento, pois isso é sujo, indecente e inaceitável. Eis o mundo que os “progressistas” criaram. E nele não há mais espaço para o cristianismo ou para o rigor moral.
Rodrigo Constantino