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Por Patrícia Silva, publicado pelo Instituto Liberal

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Recentemente notei que vários amigos compartilharam uma publicação em que se critica indivíduos de determinados grupos sociais que se classificam como sendo de “direita”. Esta é a publicação divulgada nas redes sociais:

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Pardon me, mas vocês entendem o rico de esquerda? Uma das grandes bandeiras da esquerda é a maior tributação sobre as grandes fortunas. Por que o rico se associaria com grupos políticos que querem sobretaxar suas fortunas?

Fiz esse questionamento em uma dessas páginas de extrema-esquerda no Instagram quando vi a publicação acima. A administradora da página me respondeu que uma coisa não tem nada a ver com a outra pois “tudo que a classe operária produz, tudo lhe pertence”. Eu não sou cientista política, mas felizmente não fugi das aulas que tive da matéria. Me ajudem aqui: será que o rico, se for de esquerda, é classe operária? Seria o Gregório Duvivier um integrante da classe operária? E o Wagner Moura então? Eu entendo perfeitamente que para os seguidores da teoria marxista, ou o sujeito é classe dominante ou é classe dominada; ou ele possui os meios de produção ou não possui. Pertencer às duas classes simultaneamente é impossível. Como é possível rejeitar o pobre de direita e aceitar o rico de esquerda? Acho que isso daria uma tese!

Mas, decidi seguir o raciocínio da administradora da página. Fiz nova pergunta: o rico pode ser de direita ou de esquerda, mas o pobre só pode ser esquerda? Não tive resposta.

Na minha visão de mundo liberal, pobre pode gostar e ser afiliado com o que ele quiser. Rico também. O Pobre é um sujeito livre e o Rico também é. E quando eu falo livre me refiro ao nível mais básico do que significa ser humano. E isso me faz lembrar Ayn Rand, quando ela faz a sublime defesa do indivíduo: “a menor minoria da Terra é o indivíduo”.

A esquerda não tem monopólio na defesa dos direitos dos pobres, ainda que acredite muito nisso. E mesmo que tivesse, os pobres tem direito ao livre pensar. Se você acha que o pobre de direita está se posicionando equivocadamente, convença-o do contrário através de argumentos consistentes. Reproduzir postagens como a referida anteriormente é somente mais uma estratégia virtual de shaming e, convenhamos,  isso não é muito inteligente…

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Sou a favor da liberdade de escolha e de expressão do indivíduo.

Sobre a autora: Patrícia Silva é Doutora em Educação pela UFF com realização de estágio doutoral na Ohio University. Trabalha como Pedagoga na Escola de Serviço Social da UFRJ.  É uma das administradoras da Libertas, página do Facebook que tem como objetivo a apresentação de estudos sobre o liberalismo na educação e os ideais de liberdade.