Quem ainda não se deu conta da crescente radicalização da esquerda americana ou não acompanha a política americana, ou faz ainda pior: acompanha pela CNN e o NYT. O fato é que o Partido Democrata já foi moderado, mas isso faz muito tempo. Hoje, até mesmo um JFK seria tido como “ultraconservador” por seus pares, já que era anticomunista até a medula, católico e defensor de redução de impostos.
Entre tantas evidências que podemos dar, temos uma ótima nos últimos dias: Trump indicou para secretária de educação uma defensora dos vouchers, ou seja, aqueles “vales-educação” que o liberal Milton Friedman defendia para dar liberdade de escolha aos pais mais pobres, que poderiam colocar, então, seus filhos em melhores escolas particulares. Mas isso é um pecado mortal para a esquerda!
Por quê? Muito simples: entre os maiores financiadores do Partido Democrata estão os poderosos sindicatos de professores. E aqui eles também são esquerdistas radicais em busca de reservas de mercado e privilégios. Na verdade, há até um termo para definir o que ocorre: “dança de limões”. É que ficou praticamente impossível demitir um professor incompetente, pois eles vão para uma “reciclagem” e as escolas precisam contratar dessa leva de “frutos podres”. Nada além de reserva de mercado.
E quem defende os vouchers está desafiando esse poderio todo organizado, que garante estabilidade de emprego e “liberdade” para trocar ensino objetivo por doutrinação ideológica. As escolas e universidades americanas estão tomadas por radicais de esquerda, e só não enxerga isso quem não quer. Esse exemplo na UC Berkeley, onde o palestrante libertário gay foi impedido de falar, comprova isso: defender abertamente o terrorismo islâmico passa na boa, mas ai de quem ousar defender Israel!
Pois bem: a secretária indicada por Trump logo virou saco de pancadas, e um congressista democrata chegou a afirmar que essa era a escolha mais absurda da história! Tudo porque ela tem a coragem de defender o que é melhor para os pais pobres, indo contra os poderosos sindicatos. Leandro Ruschel comentou o caso:
Mais uma batalha de Donald Trump contra o socialismo consolidado nos EUA.
Hoje deve ocorrer no Senado a votação da nova Secretária de Educação, Betsy DeVos, que ideias “radicais”, segundo a imprensa fake news.
Ela quer criar um sistema de escolas independentes que podem receber recursos pela escolha dos pais em matricular os seus filhos nessas escolas, através de um sistema de vouchers. Ou seja, as famílias receberiam vouchers ao invés de serem obrigados a levar os filhos numa escola pré-definida.
Obviamente que os sindicatos de professores e outros “especialistas” enlouqueceram com a proposta. Imagine que coisa horrível, ter que concorrer com outras escolas e oferecer um serviço melhor!
Além disso, tal proposta oferece a ameaça ao sistema de lavagem cerebral esquerdista montado por escolas estatais para defender o socialismo, nos EUA ou em qualquer lugar do mundo.
Há uma boa chance da nova Secretária ser barrada no Senado.
O caso foi tema do programa de Bill O’Reilly nesta quarta também, aquele com maior audiência na TV americana, e sim, da Fox News, claro. O’Reilly foi direto ao ponto, ao afirmar que o democrata só partiu para o ataque contra a indicada porque recebe dinheiro dos sindicatos de professores. Quando um apresentador desse porte diria algo de forma tão direta na grande imprensa brasileira?
Mas o leitor não saberia de nada disso se estivesse procurando se informar pela “fake news”, não é mesmo? Nesse caso, no máximo teria uma rápida menção de que um congressista acusou a indicada por Trump de “extremamente incompetente”, e ficaria por isso mesmo.
Você jamais teria conhecimento de que o acusador em questão recebe doações polpudas dos poderosos sindicatos de professores, e que o real motivo de um ataque tão duro não tem nada a ver com competência, mas com a defesa dos vouchers, que dariam mais liberdade e poder de escolha aos pais pobres.
Trump precisa ser retratado como um monstro, e o Partido Democrata como moderado e defensor dos pobres. Só que não é nada disso…
Em tempo: não apareceu uma só feminista para defender Betsy de ataques tão pesados por parte de um homem branco. Por que será?
Rodrigo Constantino
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