O que você faria para impedir a chegada de Hitler ao poder? Até onde você estaria disposto a ir no combate a nazistas que pretendem claramente destruir a democracia, seu país, sua vida? Nem o uso de violência parece descartado, não é mesmo?
Eis a tática que a esquerda americana tem usado e abusado. Ela repete insistentemente que os conservadores e republicanos são todos nazistas, que o próprio conservadorismo é movido pelo racismo, pelo ódio, pela ignorância, e induz os outros a acreditar que Trump e Hitler são praticamente a mesma pessoa, apenas com um corte de cabelo diferente.
Essa narrativa, que está impregnada em toda esquerda e até com aval de intelectuais, acabou convencendo muitos de que lutar contra os republicanos, contra Trump e seus seguidores, é uma questão de justiça, de defender a democracia, de vida ou morte.
Mesmo que, para tanto, seja preciso abandonar todos aqueles princípios que, supostamente, o outro lado quer destruir. Trump foi eleito? Não importa! Seus seguidores têm o direito de defender suas propostas e adotar o slogan “Make America Great Again”? Dane-se! São um bando de nazistas intolerantes, então podemos – devemos – ser intolerantes com eles.
Daí surgem movimentos violentos como Antifa e Black Lives Matter, com forte financiamento de democratas como George Soros, e a mídia faz vista grossa aos seus constantes crimes e abusos. É por uma “boa causa”, afinal: impedir a chegada do nazismo nos Estados Unidos. Mesmo que, para tanto, seja preciso adotar os métodos nazistas! Leandro Ruschel comentou:
A onda de violência política contra conservadores nos EUA atinge níveis jamais vistos e a imprensa silencia sobre o caso. Na verdade é pior do que isso, de uma certa forma a imprensa incentiva tal violência, ao tratar apoiadores de Trump como “fascistas” ou “racistas”, além de ser tolerante com grupos violentos como Antifa e Black Lives Matter.
Os casos com maior repercussões foram o ataque a tiros ao deputado republicano Steve Scalise por um simpatizante do Partido Democrata e eleitor de Bernie Sanders e agora o ataque ao senador Rand Paul, que foi agredido em sua própria casa pelo seu vizinho auto-intitulado socialista.
Na verdade, mais de 30 representantes republicanos relataram terem recebido algum tipo de ameaça ou foram vítimas de violência nos últimos meses, segundo o blog Free Beacon, baseado em Washington.
Desde as eleições, foram registrados milhares de ataques contra eleitores de Trump, de menor ou maior gravidade.
E tivemos dois grandes ataques massivos com armas esse ano onde a esmagadora maioria do público era conservadora. O primeiro em Las Vegas, num show de música country e outro agora numa igreja perto de San Antonio, numa comunidade onde Trump ganhou com 72% dos votos. No primeiro caso, não há ainda indícios que o agressor foi motivado por esse fator, mas nesse último ataque parece que o sujeito era um ateu fundamentalista e odiava cristãos da mesma forma que o grupo Antifa, além de seguir outras pautas socialistas ou anarquistas.
A Antifa é uma organização que tem crescido muito nos EUA, recebe dinheiro de figurões do Partido Democrata como George Soros e defende abertamente a violência física contra conservadores.
Eu mesmo presenciei a intolerância esquerdista alguns dias atrás, quando fui gravar um bate-papo para o blog do Rodrigo Constantino. Paulo Figueiredo Filho, um dos participantes do programa, estava com a camiseta do lema da campanha de Trump, “Make America Great Again”, quando foi interpelado por um negro que estava no local (um bar), que perguntou se ele tinha algo contra negros, de maneira agressiva.
Obviamente Paulo respondeu que não, mas o sujeito voltou um tempo depois mostrando no seu celular que membros da KKK usavam a mesma camiseta. Explicamos para ele que isso não significa que apoiadores de Trump são racistas, ademais, os fundadores da KKK eram todos do Partido Democrata. O sujeito não quis conversa e foi embora, mas deu para sentir um pouco o clima de intolerância que impera hoje nos EUA.
Está na hora dos líderes da esquerda e os seus aparelhos na imprensa pararem de instigar essa violência, ou as coisas podem evoluir para algo muito mais sério.
Eis um trecho do caso relatado por Ruschel, da interrupção arrogante do sujeito que veio questionar se o Paulo tinha algo contra negros, apenas porque usava uma camisa com o slogan de Trump:
A interrupção, assim como a intervenção inicial, mostra como essas pessoas sofreram lavagem cerebral e pensam que os outros é que são alienados. Sem perceber, adotam métodos autoritários e intolerantes para calar o debate, e não aceitam o contraditório. A arrogância é diretamente proporcional à falta de conhecimento.
Pegou, claro, as pessoas erradas pela frente. Mas sem dúvida que essa tática surte efeito em pessoas menos combativas ou preparadas. O indivíduo se sente mal, não quer briga, dor de cabeça, confronto, e prefere cair numa espiral de silêncio a ter que rebater esse tipo de acusação.
Se você defende Trump, se é conservador, se vota em republicanos, já tem que abaixar a cabeça, pois é um “nazista”, uma pessoa ruim, podre, má. O mesmo para Bolsonaro no Brasil. E muitos ficam intimidados, com vergonha, contidos.
A esquerda radical vem tentando vencer no grito, calar qualquer dissidência, impor sua visão única de mundo sem direito ao contraditório. E o mais perverso é que faz isso em nome do combate a tudo isso, ao fascismo, ao nazismo, à intolerância e ao discurso de ódio.
Não, não temos nada contra negros. Somos, inclusive, fãs de Ben Carson, de Thomas Sowell, de Walter Williams. Mas tenho tudo contra gente sem educação, arrogante, que acha que pode simplesmente interromper uma conversa, uma gravação, e fazer o outro se sentir mal só por não concordar com sua visão política. E claro: não importa a cor da pele de quem age de forma tão desrespeitosa.
Rodrigo Constantino