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Esquerda tem as mãos sujas de sangue no caso do estudante morto durante ocupação
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Uma “ocupação” de escola. Drogas sintéticas sendo consumidas por adolescentes rebeldes. Uma faca. E um assassinato. Poderia ser o roteiro de um filme, mas foi o que aconteceu numa escola “ocupada” no Paraná. E o pior: os defensores das tais “ocupações”, da rebeldia juvenil, das drogas, logo se puseram a atacar os outros pelo crime, a se eximir de qualquer responsabilidade. É o que a esquerda sempre fez na vida.

Mas trata-se, como diz Flavio Morgenstern em artigo no Senso Incomum, de uma tragédia anunciada, como foi o caso da morte do cinegrafista Santiago Andrade pelos black blocs, retratados como “jovens inocentes e espinhentos” por esquerdistas como Gregorio Duviviver. Diz Morgenstern:

A notícia de que um jovem foi assassinado com uma facada dentro de uma das chamadas “ocupações” de escolas contra a PEC 241, em um colégio em Curitiba, não exatamente chocou o Brasil: trata-se do que é conhecido como “tragédia anunciada”, uma série de eventos cujo desfecho é tão previsível que a única surpresa seria a tragédia não ocorrer.

Dois jovens tiveram uma discussão após consumirem uma droga sintética. No típico estado alterado de consciência provocado por tais drogas, um dos jovens esfaqueou o outro, fugiu do local, mas conseguiu ser preso pela polícia.

[…]

Tal como em junho de 2013, tal como nos black blocs, tal como nas manifestações a favor do PT, os organizadores nunca afirmam que são organizadores (ou que há organizadores), muito menos os partidos que participam, financiam e são maestros do processo. Não se fala em PSOL: aparece apenas o coletivo “Juntos!”, que não diz aos não-iniciados a quem representa. Ou não se fala em PSTU, e sim em ANEL. Menos ainda do PCdoB que estava mancomunado com o PT em nível federal, e sim da UNE.

Quando tragédias ocorrem, para o jornalismo e até mesmo juridicamente, não parece haver um agente responsável, alguém com poder, concorrendo a eleições, recebendo dinheiro do pagador de impostos brasileiro através de fundo partidário, orquestrando o fenômeno que gera mortes: só há uma morte que, como diz o delegado que cuida do caso, “nada tem a ver com a ocupação”.

A diluição da responsabilidade individual é o grande truque dos coletivistas, que acabam fomentando a irresponsabilidade, o ato instintivo, bestial, a ideia de que dar vazão a qualquer sentimento ou apetite é ser “autêntico”. Com tal mentalidade, a esquerda fomenta o crime, a anomia, a anarquia. Gustave Le Bon, ao analisar a psicologia das massas, compreendeu perfeitamente o que era esse fenômeno:

Uma massa é como um selvagem; não está preparada para admitir que algo possa ficar entre seu desejo e a realização deste desejo. Ela forma um único ser e fica sujeita à lei de unidade mental das massas. No caso de tudo pertencer ao campo dos sentimentos, o mais eminente dos homens dificilmente supera o padrão dos indivíduos mais ordinários. Eles não podem nunca realizar atos que demandem elevado grau de inteligência. Em massas, é a estupidez, não a inteligência, que é acumulada. O sentimento de responsabilidade que sempre controla os indivíduos desaparece completamente. Todo sentimento e ato são contagiosos. O homem desce diversos degraus na escada da civilização. Isoladamente, ele pode ser um indivíduo; na massa, ele é um bárbaro, isto é, uma criatura agindo por instinto.

Hitler entendeu o poder disso, assim como Stalin, Mao, Fidel Castro e todos os outros líderes coletivistas e totalitários. Souberam manipular as massas, diluir o indivíduo de carne e osso até o ponto de ele desaparecer, misturando-se ao “coletivo”, tornando-se uma simples parte na engrenagem do todo, como no filme “A Onda”. Os liberais sempre foram à contramão, cobrando responsabilidade individual, como no caso de Mises, lembrado na conclusão do texto de Morgenstern:

Saber que idéias têm conseqüências e que fenômenos não ocorrem sem causas discerníveis anteriormente no tempo foi o que fez o maior economista do mundo, Ludwig von Mises, chamar seu magnum opus de Ação Humana: na economia e na vida, seja o orçamento ou um assassinato, há ações humanas que geram os efeitos desejados e indesejados.

Infelizmente, para a mentalidade esquerdista dominante sobretudo no jornalismo, nos famosos e nos jovens, o dinheiro para educação ou uma facada parecem surgir do nada, por pensamento mágico, sem ter alguém que tenha criado as condições ou a ação que deixará um lugar vazio na mesa de uma família para todo o sempre.

Como quando a esquerda aproveita para culpar as armas pelos crimes, ou a “sociedade”, o “sistema”, o “capitalismo”. Dessa vez não foi uma arma de fogo proibida, mas uma simples faca, acessível a qualquer um. O que dizer? Colocar a culpa nas facas? No capitalismo?! Vale tudo, menos olhar para dentro, entender o que tais “ocupações” representam, o que a esquerda tem incentivado em termos de comportamento irrefletido e irresponsável, principalmente nos jovens.

Reinaldo Azevedo também comentou o caso num bom artigo. Deveria usar seu tempo mais para esse tipo de crítica e menos para ataques a Sergio Moro. Diz ele:

O episódio trágico demonstrou, uma vez mais, que as esquerdas não têm limites nem qualquer senso de moralidade. Acreditem: embora o crime tenha acontecido numa escola invadida a que pessoas contrárias à invasão não têm acesso; embora assassino e assassinado fizessem parte da ocupação criminosa promovida pelo PT e pelas esquerdas; embora esses meliantes estejam com as mãos sujas de sangue do ponto de vista moral, os defensores do movimento tentavam acusar, nesta segunda, seus adversários pelo episódio.

As declarações compõem o repertório das coisas mais asquerosas que já li. Uma tal Tânia Mandarino, que, segundo a Folha, é advogada e defende voluntariamente as invasões, deu a seguinte declaração: “Esse colégio não tem faca, não tem armas. A culpa dessa morte é do governo do Paraná, que está incitando a violência contra as ocupações”. Não é possível que essa senhora possa fazer tal declaração sem que lhe sobrevenham consequências. O governo do Estado está moralmente obrigado a representar contra ela na OAB.

O que ela sugere? Que a faca foi plantada na escola pelo governo? Que o assassino agiu sob o mando de quem não queria a invasão?

Calma que o show de imposturas ainda não terminou. Vejam o que diz Loren Júlia, professora de português: “Esse colégio estava numa verdadeira paz. Tem todas as regras na entrada. Um cartaz em frente ao colégio diz: ‘Proibidos artigos ilícitos dentro da instituição. Favor deixar na portaria. Não resista’.” Ora, professora, é claro! Basta haver um cartaz, e tudo está resolvido.

Mais: o que quer dizer um colégio invadido em paz? A professora de português acha que uma escola está em paz quando nem ela própria pode dar aula? A propósito: essa gente recebe salário em paz?

O Movimento Ocupa Paraná, uma miríade de grupelhos de extrema esquerda, deu uma declaração revoltante. Afirmou que a vítima “não era um dos estudantes que ocupava a escola” e que uma vida foi perdida para “o ódio, a intolerância e a violência”. Entendi: o morto estava no lugar errado. O assassino era da escola. Estava no lugar certo.

É espantoso.

Sim, é espantoso. Mas é a prática comum na esquerda. É o que ela vem fazendo há anos, décadas. Azevedo conclui: “Não dá mais tolerar. Hoje, os grupos que defendem e promovem as invasões das escolas estão com as mãos sujas de sangue. Era o que elas queriam desde sempre. Só que esperavam que o cadáver fosse produzido pela polícia. Aí, então, poderiam tentar parar as escolas de todo o país. Essa gente é um lixo moral e merece o repúdio das pessoas decentes”.

O mesmo ocorreu na época dos black blocs. Os vândalos aliciados pela esquerda desejavam um cadáver, um mártir, mas produzido pela polícia. Acabaram eles mesmos matando um inocente. Ser de esquerda, hoje, é sinônimo de falta de empatia pelo próximo, pelo indivíduo de carne e osso. É substituir pessoas por abstrações, adotar uma visão estética da vida, desprezando seus efeitos concretos.

Todos aqueles que colaboram de certa forma pela disseminação dessa mentalidade estão com as mãos sujas de sangue hoje.

Rodrigo Constantino

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