Por Ricardo Bordin, publicado pelo Instituto Liberal
Que mico, senhoras e senhores! O jornal britânico The Independent (só no nome mesmo) caiu em uma cilada da Internet e, em um futuro próximo, vai ter que desembolsar alguns milhares (sendo otimista) de libras para indenizar duas pessoas a quem chamou indevidamente de NEONAZISTAS – sim, este foi o tamanho do vacilo.
Tudo começou com uma “repórter” de um outro veículo de comunicação comprando gato por lebre e tuitando que os jornalistas adeptos da Alt-right (que coincidência) Mike Cernovich e Cassandra Fairbanks estavam fazendo “gestos de supremacia branca” dentro da Casa Branca. A saber: ela estava se referindo àquele símbolo de “OK” típico dos americanos, unindo indicador e polegar no ar.
O Independent, membro da inquestionável mídia tradicional, cuja honrosa missão é não permitir que a era da pós-verdade prospere, bem como aferir a veracidade de tudo que é dito no ambiente virtual (aham), foi na onda e deu repercussão à gafe publicando um artigo inteiro sobre o suposto caso, levando ao conhecimento de seus leitores que, conforme aprendeu junto a confiáveis trollers digitais, sinalizar OK equivaleria a emular saudações da odiosa (e com origens no partido Democrata) Ku-Klux-Klan. Só que não, companheiros!
É no que dá essa ânsia da esquerda em associar todos os seus opositores a Hitler e cia (é bem mais fácil do que contra-argumentar, convenhamos), esquecendo, convenientemente, do quão mais cruel e devastador foi o comunismo para a humanidade. Além disso, se TODOS aqueles de quem discordam são nazistas – alegação fundada em detalhes toscos como o deste episódio – então, na prática, NINGUÉM é nazista. E os verdadeiros supremacistas brancos e racistas em geral agradecem.
O resultado da “barrigada”: quem é fakenews mesmo agora? Paul Joseph Watson explica melhor neste vídeo o enrosco que arranhou, e muito, a reputação da chamada mainstream media. Se eles soubessem, aliás, o que este mesmíssimo gesto significa no Brasil, entenderiam que foi exatamente lá que o editor do jornal tomou…
E pensar que ainda tenho um sem número de amigos que depositam fé quase cega nas notícias vindas destas fontes outrora tidas como 100% fidedignas, e absorvem como se fosse lei, sem submeter a qualquer tipo de filtro ou mesmo crivo de seu próprio senso comum, tudo que sai da TV, do rádio ou dos jornais. Time to wake up, friends. OK?