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Estudante ridiculariza exibição de arte moderna ao tratar abacaxi como arte

Os grandes artistas clássicos devem estar se revirando em seus túmulos ao ver o que a nossa geração chama de arte. Esqueça extrair do mármore uma bela figura, ou pintar um sorriso enigmático de uma mulher. Agora, um simples par de óculos esquecido no chão pode ser considerado arte. Ou pior: um abacaxi!

Um estudante da Aberdeen’s Robert Gordon University, na Escócia, resolveu fazer uma troça com os pseudo-intelectuais que fazem cara de sabedoria profunda diante de qualquer besteira, e deixou um abacaxi no chão da galeria. Ficou chocado ao descobrir que os organizadores colocaram seu abacaxi em destaque numa vitrine!

Nem o brincalhão acreditou, e desabafou em sua página do Facebook, revelando a farsa. Detalhe: o abacaxi ficou em destaque por dois dias. Surreal. O rapaz “vibrou” com sua conquista: “eu fiz arte”. E convenhamos: qualquer idiota pode se dizer um artista hoje, se arte é qualquer coisa.

Ruairi Gray, com 22 anos, estudante no quarto ano de Business Information Technology, comprou o abacaxi por uma libra, e resolveu deixá-lo no chão como uma “piada”, uma brincadeira. Mas a grande piada, hoje, está na arte moderna, como Duchamp tentou mostrar (mas acabou sendo levado a sério).

Há relatos de que vários estudantes e até mesmo professores de arte elogiaram sua “obra de arte”, alguns chegando a considerá-la o trabalho de um gênio. Sério! Na exibição, chamada “olhe novamente”, havia a descrição: “olhe para os lugares e espaços ao nosso redor com olhar fresco”. A vitrine estava vazia! E foi lá que o abacaxi do brincalhão foi parar.

Essas brincadeiras que acabam sendo levadas a sério deveriam servir como alerta para essa cambada que banca uma postura “descolada”, fingindo que enxerga “mensagem profunda” em qualquer baboseira. O rei está nu, galera! Será que vocês não percebem que são a piada? Que a linda roupa colorida não existe?

Esse tipo de coisa sequer deveria ser pauta, mas o pior é que tem importância sim. É que o relativismo estético exacerbado tem um propósito, que é detonar a verdadeira arte, misturar o joio e o trigo, avacalhar com o legado artístico da civilização ocidental. Se tudo é arte, então nada é arte. Se tudo é “belo”, então nada é belo. E assim vamos nivelar tudo por baixo, matando o conceito mesmo de arte, de beleza. É a revolta dos medíocres contra tudo o que é mais elevado.

Em tempo: descobrimos que o Chacrinha era o maior criador de artistas do Brasil…

Rodrigo Constantino

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