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A estupidez da esquerda jovem americana
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Não pensem, caros leitores, que aqui é tão diferente assim daí. A esquerda americana está cada vez mais radical e burra, fruto de décadas de lavagem cerebral nas universidades e do mecanismo perverso de incentivos, já que ficou evidente que é possível subir na carreira política sem qualquer conteúdo, bastando bancar alguma minoria vítima do “sistema patriarcal dos homens brancos”. O nome de Alexandria Ocasio-Cortez vem logo à mente.

Já falei dela algumas vezes aqui, e não é para menos: foi eleita a mulher mais jovem para o Congresso, com 29 anos, e é um poço de clichês sensacionalistas. Não faz a menor ideia do que está falando. Uma espécie de Manuela D’Ávila americana, para o leitor entender melhor o nível da coisa. E essa semana ela se superou: confundiu-se duas vezes ao falar das “três esferas de poder”, que para ela são a presidência, o Congresso e o Senado. Vejam:

Reparem que ela tenta se corrigir, pois antes fala em três esferas do Congresso. Ainda assim, a emenda saiu pior do que o soneto. Ocasio-Cortez não sabe quais são as três esferas de poder: o executivo, o legislativo e o judiciário. Montesquieu deve estar se revirando no túmulo, assim como os “pais fundadores” da América. A moça tem a pretensão de se tornar uma política influente, mas não conhece o básico do básico sobre o funcionamento da máquina estatal.

Desnecessário dizer que ela está sendo massacrada nas redes sociais pela gafe, enquanto a esquerda organizada, com apoio da mídia, vem tentando defende-la. O duplo padrão salta aos olhos aqui, escancarando o viés ideológico. Quando Sarah Palin dizia alguma bobagem, ou mesmo quando não dizia mas era possível inventa-la ou retirar do contexto sua fala, todos caíam em cima dela, retratando-a como uma imbecil completa.

Se você escolhe a via pública e se torna político, precisa arcar com os ônus também, não só com os bônus (que são muitos). Precisa aceitar que virou vitrine, e que tem de se responsabilizar pelo que diz. Os jornalistas adoram pintar os conservadores e republicanos como uns idiotas alienados, mas quando algum esquerdista demonstra sua espantosa estupidez, saem em sua defesa, condenando os ataques “agressivos” do outro lado. E claro, continuam bancando a vítima, como tem feito Ocasio-Cortez, que reclamou dos conservadores “babando” sobre seu vídeo em vez de rebaterem seus “argumentos”.

A imagem que a grande imprensa tem da esquerda e da direita é totalmente caricatural e enviesada. O NYT publicou um texto esses dias sobre como conversar com seu tio raivoso no Thanksgiving. Trata-se de uma peça hilária de preconceito ideológico, conforme dissecou Ben Shapiro em seu podcast. Com o tiozão conservador, você deve fazer certas perguntas que, no final, vão demonstrar como ele é um idiota incapaz de se dar bem mesmo numa economia bombando, e ficará claro que a economia com Trump só melhorou para os mais ricos.

Já com o tiozão de esquerda, você vai fazer perguntas que levarão à conclusão de que ele, no fundo, é um sujeito racional, refinado e cheio de boas intenções, e que de fato todos querem ajudar os mais pobres (monopólio da virtude, que considera o estado como único instrumento para tanto). O troço é tão ridículo, mas tão ridículo, que quase ficamos chocados. Mas aí lembramos de como o NYT tem feito campanha escancarada para a esquerda, enquanto destila seu ódio aos conservadores dia sim, dia também, e constatamos se tratar da regra, não da exceção.

A mídia se tornou demasiadamente esquerdista e torcedora, enquanto o Partido Democrata vem se transformando em algo bem mais radical. O resultado é uma bobinha ignorante como Ocasio-Cortez eleita, e depois sendo blindada pela imprensa de suas declarações estúpidas. O nível anda muito baixo na política, e alguém ainda fica surpreso com Trump engolindo essa turma?

Rodrigo Constantino

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