Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal
A vitrola dos liberais ensimesmados está quebrada ou o disco está arranhado.
Não bastam as evidências fáticas, elas não alcançam a torre de marfim em que estão instalados.
Ouvi agora uma nova ladainha que diz assim:
“Roberto Rachewsky, você é livre para fazer o que e onde quiser (até mesmo desrespeitando algumas lei se assim o desejar). Só acho incoerente se juntar a certas manifestações que no fim pedem coisas muito diferentes. Se quer se juntar aos autoritários de esquerda ou de direita, vai lá! Quem sofre as consequências é você mesmo.”
Ora, eu seria incoerente se fosse numa manifestação liberal defender a social democracia ou o fascismo!!!
As consequências que eu poderia sofrer ao me juntar aos autoritários da esquerda ou da direita para defender a liberdade, repito, a liberdade, era ser vaiado e ofendido.
Ocorre que nessas manifestações não apenas não fui vaiado nem ofendido, como fui aplaudido por dizer que não estava a favor de nenhum governo, mas exigindo do governo o respeito aos meus direitos individuais inalienáveis.
Se depender desses que só aceitam falar com seus iguais, quem irá convencer os autoritários de esquerda e direita de que eles estão errados e precisam mudar? Não precisam responder, eu sei.
Quer dizer, escrever para publicações nitidamente de esquerda, cujo editorial é esquerda e os jornalistas são de esquerda pode? Ou se for de direita também pode? Agora, ir para a rua, para se comunicar supostamente com esquerdistas ou direitistas não pode?
Eu só posso escrever para publicações com selo e público liberal? Só posso pregar para convertidos? Se for para fazer isso, vou pescar que deve ser mais divertido.