Um ex-funcionário da ONU disse que os trabalhadores de caridade da instituição estupraram 60 mil pessoas e que a organização emprega mais de 3 mil pedófilos. Andrew Macleod, que foi chefe de operações no Emergency Coordination Center da ONU, fez as acusações num dossiê divulgado pelo The Sun.
“Existem dezenas de milhares de trabalhadores de caridade pelo mundo com tendências à pedofilia, mas se você usa uma camisa da UNICEF ninguém vai perguntar qual a sua intenção”, disse. “Você tem a impunidade para fazer o que quiser. É endêmico pela indústria de filantropia pelo mundo todo”, acrescentou. “O sistema é culpado, e deveria ter impedido isso anos atrás”, finalizou.
Macleod chegou ao número de 60 mil por extrapolação. O secretário da ONU Antonio Guterres disse que os funcionários abusaram de 311 vítimas em 2016, enquanto a própria ONU também admite que a quantidade pode ser o dobro desta, já que os incidentes fora das zonas de guerra não são reportados ao comitê central. Ele estima que apenas 10% dos estupros são reportados, baseado no fato de que no Reino Unido a taxa é de 14%.
Estaríamos falando de uma escala assustadora, portanto. O próprio Guterres admitiu que a ONU luta há anos com a questão do abuso sexual. Baseado na denúncia de Macleod, Priti Patel, ex-ministra que renunciou em novembro passado, acusou altos funcionários de fazer parte do esquema de acobertar os escândalos. O Reino Unido é um dos dez maiores colaboradores da ONU, com um orçamento anual de dois bilhões de libras para a entidade.
O professor Macleod disse que se trata de uma “verdade difícil”, mas que os crimes de estupro infantil estão sendo financiados em parte pelos pagadores de impostos britânicos. Todos falam que “algo deve ser feito”, mas na prática nada efetivo é feito, e se formos observar o histórico dos que denunciaram o problema, eles acabaram demitidos, alerta Macleod.
Os “progressistas” gostam muito de falar dos casos de abuso sexual e pedofilia da Igreja Católica, mas, como o próprio Macleod reconhece, podemos estar diante de algo bem maior, e na instituição adorada por esses “progressistas”, ícone da “ajuda humanitária” estatal. Os casos envolvendo a Oxfam recentemente poderiam ser apenas a ponta do iceberg, como reconheceu um parlamentar.
Eis um lado negro da “caridade” estatal que poucos parecem dispostos a encarar…
Rodrigo Constantino
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