O editorial do GLOBO de hoje vai no cerne da questão:
É necessário, porém, atacar pilares estruturais do roubo do dinheiro do contribuinte e da sociedade em geral, como a quantidade absurda de estatais. É a existência delas que facilita a corrupção, pois fica mais fácil desviar dinheiro graúdo onde há operações vultosas de compra e venda. Não é por coincidência que, nos Estados Unidos, existe pouca ou nenhuma corrupção do tipo praticado no Brasil. É porque não há tantas estatais e em incontáveis mercados. Existe corrupção, claro, mas, quando detectada, pune-se como deve ser. A traficância é ampliada pela globalização e a digitalização das operações financeiras em escala planetária. Transferem-se bilhões por uma tecla “enter”.
As mais de cem estatais, incluindo as de economia mista, movimentam em torno de R$ 1,4 trilhão por ano, segundo artigo no GLOBO de Gil Castello Branco, da Ong Contas Abertas. Comparável, diz ele, ao PIB da Argentina. E como muitas acumulam prejuízos, parte do dinheiro surrupiado é mesmo do Tesouro, transferido para manter companhias públicas em pé.
A gazua para abrir os pródigos cofres das empresas é a indicação política no preenchimento de cargos-chave na sua administração. Nenhuma novidade, mas aqui também o lulopetismo chegou ao paroxismo, exemplificado pelo petrolão, em que vários técnicos de carreira da Petrobras foram cooptados pelo esquema montado por PT, PMDB e PP, a fim de literalmente saquear a estatal. O modelo se repete em incontáveis empresas e recantos da máquina burocrática.
[…]
Por isso, o antídoto infalível contra a corrupção é um amplo programa de privatizações. Chega.
Seja bem-vindo ao clube, GLOBO. Em meu livro Privatize Já, publicado pela Leya em 2012, apresento todos os argumentos e dados em prol das privatizações, mostrando como a manutenção de empresas estatais é o maior convite à ineficiência e à corrupção. Derrubo todas as falácias dos estatizantes e mostro como nossas privatizações, ainda que realizadas de maneira equivocada pelos tucanos, por falta de convicção deles no livre mercado, fizeram bem para o país.
Simplesmente não há motivos racionais para se defender um estado-empresário, a menos que a razão seja colocada a serviço da safadeza. Quem defende estado-empresário é refém de preconceitos ideológicos ou quer alguma boquinha estatal. Não há alternativa. Privatize já!
Rodrigo Constantino
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