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O partido espanhol de extrema direita Vox fez sua estreia no Parlamento regional da Andaluzia de forma contundente: com 90% dos votos apurados neste domingo, a legenda já havia conquistado 12 do total de 109 cadeiras, superando as previsões mais otimistas de que chegaria a, no máximo, cinco assentos.

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O resultado representa a primeira vez em que uma força de ultradireita obtém representação parlamentar na Espanha em 36 anos, além de uma grande derrota para o social-democrata Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), que governa a região da Andaluzia desde 1982. O último representante da extrema direita em Legislativos espanhóis foi Blas Piñar, do partido Força Nova, que reivindicava a herança do franquismo. Ele foi deputado no Parlamento federal espanhol de 1979 a 1982.

“O Vox triunfa na Andaluzia! 12 assentos e o fim do regime socialista!”, dizia o Twitter da legenda, nascida em 2013 e que fez campanha com forte discurso contra os separatistas catalães e a imigração.

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Para obter a maioria no Parlamento regional, são necessários 55 deputados. Assim, os resultados deste domingo representam uma guinada histórica na comunidade autônoma governada há décadas pelos socialistas.

Confesso ao leitor que não acompanho de perto a política na Espanha, então não sei dizer ao certo quanto há de acurácia nessa expressão usada pela mídia. Há, afinal, partidos um tanto extremistas à direita sim, especialmente na Europa, que vem sendo destruída pelo multiculturalismo e a imigração descontrolada, tudo isso somado ao welfare state fracassado.

Mas já fico em alerta quando vejo nossa imprensa chamar alguém de “extrema direita” ou “ultraconservador”. Afinal, são os rótulos que usam para definir até alguém como Trump, que não tem absolutamente nada de extrema direita. Tudo aquilo que não é socialista light é chamado de “ultraconservador” pelos jornalistas hoje.

Dito isso, mesmo não conhecendo tanto as efetivas bandeiras da direita vitoriosa em Andaluzia, sabemos que quem perdeu tinha que ter perdido mesmo. Não pode existir nada pior do que o Psoe, à exceção do Podemos, que não é bem um partido político, e sim uma organização criminosa com verniz ideológico. Ninguém aguenta mais socialistas!

Será que a reconquista de Andaluzia pela direita hoje será como a retomada do local pelos cristãos, após o longo domínio muçulmano? Há quem diga que houve muita paz e tolerância naquela época medieval, mas tudo não passa de mito. Abaixo, uma resenha que fiz de um livro de um acadêmico sobre o assunto:

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Enquanto a extrema esquerda europeia flertar com os muçulmanos e conspirar para destruir os pilares da civilização ocidental, veremos mais e mais casos como este, em que a “extrema direita” leva com discursos mais nacionalistas ou mesmo xenófobos. É simplesmente humano buscar ordem e segurança quando o establishment convida o caos para entrar. O experimento multiculturalista e paternalista vai produzir, como efeito reativo, mais e mais candidato direitista com retórica tribal. É inevitável…

Rodrigo Constantino