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Extremismo negro em ascensão nos Estados Unidos: meu leitor já sabia

Ninguém sabe ao certo quantas pessoas foram atraídas para grupos extremistas negros, mas não há razões para acreditar que o crescimento da ideologia violenta esteja diminuindo.

— Ela atrai pessoas para as suas fileiras, pessoas que estão enraivecidas com o que está acontecendo no campo da polícia — disse Heidi Beirich, diretora do Projeto de Inteligência do centro, que rastreia organizações extremistas.

De toda forma, as pessoas que se unem a tais organizações podem não ser as mais perigosas, segundo Oren Segal, da Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês). Ele concorda que as mortes pela polícia e os protestos que se seguem alimentam os grupos de extremismo negro, mas acredita que é difícil determinar seus números exatos.

— Os mais perigosos são aqueles que não se juntam a nenhum grupo, mas se inspiram na militância ou no ódio, são influenciados por sua retórica e agem por conta própria — diz Segal, que dirige o centro de estudo do extremismo da ADL.

O atirador de Dallas, Micah Xavier Johson, aparentemente foi um caso desses: o veterano de 25 anos não era membro ativo de nenhum grupo, mas seguia os Novos Panteras Negras e os Black Riders no Facebook. Ele também admirava a Liga de Defesa Afro-americana, que defende a violência contra policiais e cidadãos brancos em geral.

Determinar o tamanho e alcance verdadeiros de um grupo é difícil, explica Segal. Segundo ele, extremistas negros muitas vezes se juntam aos protestos e incitam a multidão. Além disso, alguns grupos usam a defesa de questões sociais — como a erradicação da pobreza e melhorias na educação — como uma porta de entrada para atrair militantes, diz ele.

— Eles usam questões sociais legítimas, que motivam pessoas, para preenchê-las em com seu estilo de ódio — conclui Segal.

Para muitos, especialmente aqueles que se “informam” sobre os acontecimentos nos Estados Unidos pela imprensa brasileira, isso pode ser uma novidade. Mas meus leitores já sabiam disso, já tinham conhecimento de que a retórica “progressista” tem alimentado o ódio e a segregação no país, que a vitória de Obama, em vez de representar um passo na direção da união, acabou representando um retrocesso, uma divisão ainda maior.

Escrevi aqui uma longa resenha do livro “White Girl Bleed A Lot”: The Return of Racial Violence to America and How the Media Ignore It, de Colin Flaherty. Nele, já mostrava essa ascensão do racismo por parte dos movimentos negros, que chegam a justificar até atos de terrorismo contra policiais. Concluí assim meu texto:

Em resumo, Colin Flaherty apresenta muitos dados, que parecem indicar, realmente, uma epidemia de crimes raciais. O elefante está na sala, mas a mídia prefere ignorá-lo. Primeiro nega sua existência, depois justifica o fenômeno transferindo responsabilidade do criminoso para a vítima. Flaherty não procura explicar suas origens, tampouco apresentar soluções.

Diante dos fatos, a esquerda prefere encontrar desculpas, como as condições “sociais”, leia-se financeiras, já que tudo parece se resumir ao dinheiro para os esquerdistas. E sua receita é sempre mais do mesmo: mais ações afirmativas, mais estado de bem-estar social, mais vitimismo, o que acaba reforçando o problema. Os ataques morais à família tradicional e à religião, principalmente a cristã, jogaram mais lenha na fogueira, ao criar ambiente mais fértil para uma juventude sem freios e limites. É só hedonismo, só “aqui e agora”, só dar vazão aos desejos mais instintivos, “autênticos”.

E ai de quem tentar debater isso tudo de forma séria: será logo acusado de racista. O mais triste é que são os próprios jovens negros que mais perdem com isso tudo, além de suas vítimas, naturalmente. E todos seguem de olhos fechados, para não ver cor quando ela não interessa à narrativa de vitimização.

Até quando a esquerda vai insistir nessa retórica de vitimismo que tem fomentado a segregação e servido de combustível para os radicais? Até quando toda a força policial será pintada como “fascista” e “racista”? Até quando as comunidades vão se recusar a enxergar seus verdadeiros problemas, como o completo desmoronamento da família, em vez de ficar buscando bodes expiatórios?

Não quero negar que o racismo exista; quero argumentar que ele está longe de ser endêmico e de explicar os problemas de criminalidade, drogas e maior pobreza em comunidades “afrodescendentes”. Fechar os olhos para as reais causas dos problemas não vai ajudar em nada. Ao contrário: vai apenas alimentar um ódio segregacionista perverso que prejudica de forma desproporcional justamente os negros jovens. Não quer acreditar em mim? Então escute Larry Elder, que acusa o Black Lives Matter e a imprensa de mentirosos:

Os americanos precisam de mais Martin Luther King Jr, e menos Malcom X. Precisam de mais Thomas Sowell, e menos Spike Lee. De mais Ben Carson, e menos Obama.

Rodrigo Constantino

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